
Miguel Ribeiro, presidente da SAD do Famalicão, atual líder da I Liga, com 10 pontos, qualifica como “extremamente positivo” o arranque de campeonato do clube, mas sublinha que “o foco está no longo prazo”. “É um arranque extremamente positivo, considerando que 25 anos depois estamos na I Liga e depois de um processo de restruturação. Felizmente as coisas estão a correr bem, mas, mais importante do que o primeiro lugar, são os 10 pontos e caminhar a passos largos para fazer de um grande lote de jogadores uma equipa”, disse o presidente da SAD famalicense, à margem da Soccerex, em Oeiras.
Miguel Ribeiro lembrou que o clube, que este ano ascendeu à I Liga, “busca a estabilidade” e está “numa fase de construção”. “A meta do Famalicão é a estabilidade e isso abrir-nos-á outras portas. Queremos um crescimento sustentado, com noção do caminho a percorrer e onde queremos estar, que é o topo. Estamos numa fase de construção e essa fase não poderá ser tolhida por sucessos momentâneos”, avisou.
Sem esconder que prefere estar em primeiro do que em último, Miguel Ribeiro garante que “não há qualquer devaneio” dentro do grupo de trabalho. “Queremos assentar na I Liga, fazer a equipa crescer sustentadamente e subir então a escada e chegar ao topo do futebol português”, concluiu o dirigente.
A Soccerex, evento que junta ex-jogadores, dirigentes e outros agentes para debater a indústria do futebol, decorreu em Portugal entre esta quinta e sexta-feira, tendo passado por Oeiras personalidades como o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, o presidente da Liga espanhola, Javier Tebas, o antigo selecionador de França Gerard Houlier e os ex-futebolistas Christian Karembeu e Deco, entre outros.
Estes fóruns da Soccerex são organizados desde 1995, tendo já passado por 19 cidades e 13 países diferentes. Este ano, a organização fez uma aposta em “mercados emergentes no futebol” e já passou também pela China, em maio, marcando ainda presença nos Estados Unidos, em novembro. A realização da Soccerex na Europa cabe pela primeira vez a Portugal, com Oeiras a acolher mais de 60 oradores no ciclo de dois dias de conferências.