
A Escola de Atletismo Rosa Oliveira (AERO) dá conta que uma atleta sua (Ana Marinho) foi «injustiçada» ao ficar de fora de uma convocatória para a participação no Europeu de Corta-Mato.
Em comunicado, a EARO informa que no escalão de juniores a convocatória para este Europeu saiu com uma equipa constituída por três juniores e um juvenil, «quando nos critérios de seleção apresentados pela nossa Federação está bem explícito que as atletas participantes na prova de sub-20 têm de ter nascido nos anos de 2002 e 2003». Por isso, a EARO quer saber como «explicam a convocatória de uma atleta juvenil que nunca correu em confronto direto com as atletas juniores».
A associação famalicense faz saber que a sua atleta realizou as três provas de observação, com os seguintes resultados: no Seixal foi terceira, em Torres Vedras foi segunda e no Nacional foi quarta, com apenas 1s de diferença da terceira e 2s da segunda júnior. «Para espanto meu, a minha atleta ficou de fora desta seleção», critica Rosa Oliveira.
Conclui, dizendo que «é assim que se cortam os sonhos aos atletas e é por isso que cada vez temos menos atletas a praticar a alta competição».
A Associação de Atletismo de Braga, através de comunicado, demonstra o seu «profundo desagrado pela não convocatória da nossa atleta Ana Marinho» para integrar a Seleção Portuguesa de sub-20 que vai participar no Campeonato da Europa de Corta-Mato. Na análise, a Associação de Atletismo de Braga destaca que a atleta participou em várias provas onde obteve classificações de destaque, revelando «consistência, maturidade e um excelente momento de forma».
Escreve que «numa Seleção em que poderiam (deveriam) ser selecionadas até 6 atletas, optou-se por selecionar as primeiras 3 e a primeira atleta juvenil para completar a Seleção, ficando a nossa atleta excluída desta convocatória. Prejudica-se a atleta, o clube, a Associação de Atletismo de Braga e a própria Seleção Nacional».
Perante a convocatória, a AA Braga diz que tentou «sensibilizar a direção técnica da FPA para esta situação, mas, infelizmente, não conseguimos que esta injustiça fosse reparada. Preferiram justificar a opção de todas as formas possíveis ao invés de assumirem um erro e retificarem a situação».
Conclui a Associação de Atletismo de Braga que «o atletismo precisa de mais e merece melhor. Os atletas, todos eles, com mais relevância nos escalões jovens, devem ser acarinhados, valorizados e premiados, quando se empenham e trabalham arduamente, como é o caso da Ana Marinho e muitos outros pelo país fora».
As críticas não se ficam por aqui: «a insensibilidade e indiferença que a equipa técnica da FPA revelam para estas questões evidenciam que os elementos que compõem este grupo de trabalho não possuem os requisitos necessários face à sensibilidade e às especificidades que este cargo exige».