Covid-19: DGS responde a notícias que dizem que os números de infetados não estão corretos

A Direção-Geral da Saúde enviou hoje um comunicado sublinhando que o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), utilizado para contabilizar o número de casos de covid-19, “depende da notificação atempada pelos médicos e laboratórios”. A nota foi enviada depois de ser noticiado que as autoridades não estão a contabilizar todos os casos de infeção no país.

Num comunicado enviado às redações, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recordou que “o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), que é utilizado para contabilizar os casos de COVID-19, depende da notificação atempada pelos médicos e laboratórios que identificam os casos em todo o território nacional”.

A nota foi enviada no rescaldo de uma notícia avançada hoje pelo jornal Expresso, denunciado que laboratórios, universidades e médicos não têm registado casos positivos de covid-19, havendo concelhos, como o Porto ou Lousada, há semanas sem novos infetados presentes no boletim epidemiológico da DGS.

Segundo a DGS, as notificações enviadas pelos médicos e laboratórios “são analisadas diariamente para garantir a validade dos dados, de modo a suportar as intervenções em Saúde Pública”, acrescentando as autoridades que “todos os dias existe um processamento dos dados no sentido de agregar os dados clínicos e laboratoriais à mesma pessoa, confirmar o estado de doente covid-19 e identificar duplicados”.

“Posteriormente estes dados são ainda sujeitos a um controlo de qualidade antes da publicação do relatório de situação epidemiológica”, completa a Direção-Geral da Saúde.

O órgão governamental parece assim responsabilizar os médicos e laboratórios por não enviarem os dados para agregar no boletim que disponibiliza diariamente.

Como caso destas anomalias no número de casos registados, o jornal Expresso identificou que, no caso do Porto, e consultados os boletins diários da DGS, a 3 de junho registavam-se 1361 casos confirmados; a 4 de junho o número subiu para 1401 e a 6 de junho teve nova atualização para 1414. De dia 6 de junho até ontem, 3 de julho (inclusive), o valor manteve-se sempre o mesmo (1414 casos).

Outro caso deu-se ontem, 3 de julho, na região de Lisboa e Vale do Tejo, o que motivou que o boletim diário tenha sido divulgado ao fim da tarde, fora do horário habitual.

Em causa, alertou a Direção-Geral da Saúde no boletim, estão “os dados referentes à ARSLVT [Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo], que têm como fonte os dados agregados dos respectivos ACES. Optou-se por esta fonte porque a não notificação laboratorial no SINAVE LAB por um parceiro privado em 3 dias da semana em curso originou cerca de 200 notificações cuja distribuição ainda carece de análise”, pode ler-se.

Foi esta também a justificação apresentada por Marta Temido, na conferência que se realizou apenas ao início da noite de ontem, os dados do boletim epidemiológico divulgado ontem referentes a LVT tiveram apenas “como fonte os dados agregados dos respetivos ACES [Agrupamentos de Centros de Saúde]”, já que um dos parceiros privados não reportou resultados durante três dias e, 24 horas antes, notificou 200 novos casos “cuja distribuição ainda carece de análise”.

Todos os dias, a Direção-Geral da Saúde publica no boletim divulgado à comunicação social uma lista com o número de casos de Covid-19 acumulados por concelho. Este documento é enviado em PDF e para perceber a evolução de cada concelho é necessário consultar os boletins dia a dia, já que não é assinalada a evolução. Também no número acumulado apresentado não há distinção entre casos ativos e recuperados, nem quantos desses doentes estão hospitalizados ou internados em cuidados intensivos.

A DGS termina a nota, dizendo que se tem “pautado por uma relação de rigor e transparência nos relatórios diários,
comunicações, conferências e entrevistas” e que “continua a apostar na inovação e sustentabilidade dos seus sistemas de
informação e análise para fazer frente aos desafios das emergências de Saúde Pública”.

Famalicão: CITEVE poderá estar envolvido na operação do “Maestro” Manuel Serrão

A operação “Maestro”, sobre alegada fraude com fundos comunitários, e que coloca Manuel Serrão no centro da suspeita, também visa o CITEVE, em Famalicão. Segundo escreve o Jornal “O Público”, o CITEVE terá emitido faturas relativas ao fornecimento de bens e serviços à Associação Seletiva Moda que poderão não ter correspondência com a realidade.

Recorde-se que a operação “Maestro” saiu esta terça-feira para a praça pública, com duas centenas e meia de inspetores da Polícia Judiciária, peritos financeiros e informáticos a realizarem cerca de oitocentas buscas, em vários organismos de diferentes regiões do país.

A Polícia Judiciária, em comunicado, esclareceu que estão em causa suspeitas da prática de crimes de fraude na obtenção de subsídio, fraude fiscal qualificada, branqueamento e abuso de poder que, no total, podem chegar aos 40 milhões de euros, na maioria do quadro do Compete 2020 – Programa Operacional Temático Competitividade e Internacionalização.

As suspeitas recaem na criação de estruturas empresariais complexas, com o objetivo de apresentar justificações contratuais referentes a prestações de serviços e fornecimento de bens para a captação de fundos. Manuel Serrão é tido como o “cérebro” desta estrutura, mas há outros suspeitos: o jornalista Júlio Magalhães e o presidente do COMPETE, Nuno Mangas, estão entre os nomes já conhecidos.

Próxima época da Liga BPI em relvado natural e campeonato reduzido a 10 equipas (só em 2025/26)

O formato competitivo dos campeonatos nacionais seniores femininos vai ser alterado. A redução para 10 equipas na Liga BPI (atualmente são 12) e a criação da 4.ª divisão são as grandes alterações… só para 2025/26. Outra novidade, em vigor já na próxima época, é a realização de todos os jogos em relvado natural.

A redução de equipas no principal campeonato determina que na próxima época (24/25) haverá mais descidas. Falta saber quantas equipas descem diretamente e se haverá playoffs entre formações do primeiro e segundo escalão.

A 2. ª divisão manterá 16 equipas e a 3.ª divisão contará com apenas 12. Com esta redução de equipas, será criada uma 4.ª divisão, sem limite de equipas. Para 2026/27, a única alteração acontece na 2.ª divisão, que será reduzida de 16 para 12 equipas.

Estas medidas têm como objetivo «melhorar a competitividade, promovendo o equilíbrio, aumentar a base de recrutamento de futebolistas portuguesas e potenciar o contexto em que jogam», refere a FPF. Por outro lado, o organismo desportivo pretende, também, «evitar sobrecarga no calendário» face ao aumento de clubes nacionais nas competições da UEFA, nomeadamente na Liga dos Campeões, já em 2024/2025, e uma «maior distribuição e criteriosa aplicação de fundos de apoio aos clubes, estando já estabelecido um montante de 7,8 milhões de euros para as épocas de 2024/2025 e 2025/2026».

Ensino: Presidente da CESPU reeleito na liderança da Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado

Almeida Dias, presidente do Conselho de Administração da CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, foi reeleito, no início deste mês, para o segundo mandato na presidência da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP).

A APESP é a única entidade que formalmente representa as instituições do ensino superior privado no Conselho Nacional de Educação, no Conselho Coordenador do Ensino Superior, na Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior e no Conselho Consultivo da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.

Almeida Dias foi eleito, pela primeira vez, em abril de 2021, tendo cumprido o mandato que terminou em 2023.

Novamente à frente da APESP, Almeida Dias aponta como prioridades para os próximos dois anos alterações na «avaliação da qualidade dos centros de investigação» e na «avaliação das candidaturas dos centros de investigação no âmbito dos programas plurianuais de financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia».

Pretende, também, criar um regime de contratação e carreira do pessoal docente e de investigação que respeite a natureza específica do setor particular e cooperativo, assim como a sua autonomia e modelo de gestão. E acabar com a discriminação institucional entre público e privado, nomeadamente no que concerne ao reconhecimento de graus e diplomas estrangeiros.

Outro eixo de intervenção será o reforço da internacionalização das instituições, utilizando a APESP como veículo corporativo.

Foto: CESPU

Famalicão: CDS/PP regressa ao Parlamento com a eleição de Nuno Melo

O famalicense Nuno Melo, número dois da lista da Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) no distrito do Porto, viu confirmada a sua eleição para o Parlamento Nacional.

O partido, que ficou fora da Assembleia da República nas Legislativas de 2022, confirma o seu regresso, sendo que até ao final da noite eleitoral é expectável que o partido consiga mais alguns eleitos.

Nuno Melo é o líder do CDS, presidente da Assembleia Municipal e deputado europeu.

Legislativas 2024: Abstenção poderá ser a baixa dos últimos 20 anos

Na última divulgação da Comissão Nacional de Eleições (CNE), às 16 horas deste domingo, mais de metade da população já tinha exercido o seu direito de voto nas eleições legislativas, com uma afluência às urnas de 52%, a percentagem mais alta dos últimos 20 anos.

Nas últimas legislativas, em 2022, a abstenção ficou nos 42% e em 2019, o valor foi ainda mais elevado com 45,5% da população a não ir às urnas.

Este domingo, as previsões apontam para que o valor da abstenção desça e surpreenda pela positiva.

Famalicão: CDS já marcou Congresso e Nuno Melo recandidata-se à liderança

O Conselho Nacional do CDS-PP reuniu na passada sexta-feira e marcou, para 20 e 21 de abril, o congresso do partido. Nuno Melo recandidata-se à liderança.

O famalicense, presidente da Assembleia Municipal e eurodeputado, foi eleito presidente do CDS-PP em abril de 2022, com 74,93% dos votos dos delegados ao 29.º congresso nacional do partido, que decorreu em Guimarães.

O CDS-PP integra, em conjunto com o PSD e o PPM, a Aliança Democrática que concorre às Legislativas antecipadas do próximo 10 de março.