
Face à disseminação da estirpe britânica da covid-2, caraterizada por uma maior capacidade de transmissão, suscitaram-se muitas dúvidas quanto ao uso de máscaras.
Neste contexto, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia alerta que, por não serem sujeitas a qualquer tipo de certificação ou de controlo de qualidade, algumas máscaras caseiras, geralmente feitas em vários tipos de tecido (lavadas e reutilizadas múltiplas vezes), também chamadas de máscaras comunitárias, podem não ter a eficácia desejada na prevenção da propagação e inalação de gotículas e da contaminação por microrganismos.
Recomenda, por isso, a obrigatoriedade de uso de máscaras cirúrgicas, podendo ser considerado, apenas em alternativa, o uso de máscaras comunitárias certificadas pelo CITEVE.
Nos contextos de maior risco, nomeadamente os cuidadores de doentes ou famílias com elementos infetados por COVID-19, ou situações associadas a maior aerossolização e disseminação de gotículas respiratórias, deverá ser equacionado o uso de máscaras FFP-2.
Alerta que o uso de máscara não substituiu as restantes medidas e o distanciamento físico, desinfeção e adequada ventilação dos espaços fechados são igualmente fundamentais.