O investigador Miguel Castanho defende que a imunidade de grupo com 70% de portugueses vacinados está desatualizada porque as vacinas não são 100% eficazes e uma pessoa vacinada contribui para a transmissão do vírus.
O investigador do Instituo de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa disse, em declarações à Lusa, que o melhor é esperar para completar o plano de vacinação.
Miguel Castanho também não concorda com a ideia de divisão entre mais novos e mais velhos, porque «qualquer um pode adoecer, pode transmitir o vírus e contribuir para um agravar da situação».
Por isso, frisou, «é sempre melhor estar vacinado com qualquer uma das vacinas do que não estar vacinado».
Afirma que a Área Metropolitana de Lisboa está «crítica» e quanto às medidas tomadas para controlar a disseminação do vírus, o cientista considera serem necessárias medidas mais «assertivas».
Miguel castanho defende um plano específico para os transportes públicos, por serem um meio confinado; o teletrabalho para evitar deslocações e o desfasamento de horários para evitar horas de ponta.
Sobre a distribuição das pessoas nos espaços, diz que o que conta é a distância entre as pessoas e não tanto o número de pessoas num espaço, como recintos desportivos, eventos familiares ou na restauração.