
A ministra da Saúde, em resposta ao deputado Jorge Paulo Oliveira, esclarece o futuro da extensão de saúde de Fradelos e diz que 261 utentes não têm médico de família porque recusaram inscrição na USF de Ribeirão.
O deputado social-democrata solicitou ao Governo que esclarecesse por quanto mais tempo se iria manter a falta de recursos nesta unidade, sem serviços há mais de seis meses, e se a aposta da ministra passava pelo esvaziamento daquela unidade.
A resposta, para o famalicense, «foi esclarecedora». Segundo o Gabinete de Marta Temido, a suspensão dos serviços resulta da necessidade de concentrar serviços como resposta ao combate à pandemia «o que obrigou ao encerramento temporário das unidades mais pequenas, concentrando-se os recursos nas unidades de maior dimensão». A alternativa para os utentes de Fradelos sem médico foi Ribeirão, «sendo que o atendimento para os doentes com dificuldades respiratórias, desde o início da pandemia esteve centralizado na sede do Concelho».
Perante esta resposta, Jorge Paulo Oliveira entende que a ministra da Saúde «nada esclareceu sobre o regresso do médico e do enfermeiro que já estiveram alocados», mas não deixou de salientar que o seu encerramento «está nos horizontes do Governo», porque na resposta ao deputado, pode ler-se «que a extensão de saúde de Fradelos, desde há vários tem como solução definida a inscrição de todos os seus utentes na USF de Ribeirão, sendo que o alargamento de 6 para 7 listas médicas visava a inscrição dos restantes elementos que em 2018 (926 utentes) se encontravam sem médico».
A ministra da Saúde adianta que sempre que se justificar será alargado o número de listas médicas da USF de Ribeirão, para os cuidados médicos e de enfermagem, «aproveitando para responsabilizar diretamente os 262 utentes residentes em Fradelos sem médico atribuído» por recusa a inscrição na USF de Ribeirão, acusa Jorge Paulo Oliveira.