
Os deputados do PSD, Jorge Paulo Oliveira, Alberto Fonseca, Sofia Matos e Márcia Passos dizem que «o governo tem estado praticamente em silêncio» sobre a projetada construção da nova travessia sobre o rio Ave; obra integrada numa das fases da construção da Variante à EN 14, entre o Interface Rodoferroviário da Trofa e Santana (Ribeirão), fazendo notar que a Declaração de Impacte Ambiental, foi emitida a 28 de fevereiro de 2020.
Numa interpelação dirigida ao ministro das Infraestruturas e Habitação, os parlamentares do PSD dizem que o Governo «já devia ter prestado contas às populações sobre o trabalho que desenvolveu desde então», questionando se terá feito mesmo alguma coisa.
Os deputados sociais-democratas querem informações do Governo sobre o estado de concretização e calendarização de várias fases da obra, algumas bem específicas como o plano de restabelecimento de todos os acessos, estudos das soluções arquitetónicas para a ponte do Rio Ave, plano de gestão das espécies exóticas, entre outras.
Recorde-se que o avanço de uma nova travessia sobre o rio Ave, no âmbito da construção da alternativa à N14, ligando os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia, estava dependente da emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA), por parte da Agência Portuguesa do Ambiente. Esta declaração foi emitida a 28 de fevereiro de 2020, pelo que os deputados do PSD querem saber o que foi feito desde então para dar cumprimento às condicionantes nela estabelecidas.
Os Deputados lembram que «o governo levou exatamente 1140 dias (3 anos, 1 mês, e 12 dias) sobre a sua tomada de posse» para submeter à APA o Estudo de Impacto Ambiental, condição essencial para que a construção da nova travessia possa avançar, mas quase 6 anos depois, a mesma ainda não saiu do papel. «É fundamental a construção da variante à EN14 face aos seus elevados níveis de tráfego, muito particularmente nos territórios abrangidos pelos concelhos de Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia, sendo este o principal eixo exportador do país», dizem os deputados, que acusam o Governo de ter arrastado no tempo esta intervenção estrutural «condicionando as perspetivas económicas do território e influenciando negativamente a qualidade de vida das populações, para além dos riscos inerentes aos elevados índices de circulação».