
O mês de agosto foi positivo para as exportações têxteis e de vestuário. Segundo dados do INE, trabalhados pela ATP, há uma tendência de crescimento com uma evolução de cerca de 10% face ao mesmo mês de 2019.
Nos primeiros oito meses do ano, o setor exportou 3,6 mil milhões de euros, registando um aumento de 1,2% face ao mesmo período de 2019.
Contribuíram para este balanço positivo: roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha, com um acréscimo de quase 79 milhões de euros (+25%); camisolas, pulôveres, cardigãs, coletes e artigos semelhantes, de malha, com um acréscimo de 61 milhões de euros (+22%); artefactos têxteis confecionados, incluídos os moldes para vestuário, com um acréscimo de 28 milhões de euros (+125%); fatos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras, bermudas e calções (shorts), de malha, de uso masculino, com um aumento de 26 milhões de euros (+45%); vestuário e seus acessórios, de malha, para bebés, com um acréscimo de 14 milhões de euros (+29%).
Todavia, a recuperação no setor não é homogénea, existindo atividades e produtos que continuam a sofrer dificuldades de recuperação, evidenciadas pelos desempenhos nas exportações (com implicações para as atividades que estão a montante da sua produção), sendo os mais afetados os fatos de saia-casaco, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças, jardineiras, bermudas e calções, de uso feminino, em tecido, no conjunto com uma quebra de 64 milhões de euros (-30%); fatos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras, bermudas e calções, de uso masculino, em tecido, com quebra de 54 milhões de euros (-30%); t-shirts, camisolas interiores e artigos semelhantes, de malha, menos 32 milhões de euros (-5%); tecidos contendo, em peso < 85%, de fibras sintéticas descontínuas, menos 23 milhões de euros (-40%); camiseiros, blusas, de uso feminino, em tecido, com menos 20 milhões de euros (-11%).
França destaca-se quanto ao destino dos nossos têxteis e vestuário, com um acréscimo de 67 milhões de euros / +15%; os EUA (aumento de 56 milhões de euros / +25%) e Itália (mais 25 milhões de euros / +12%).
Relativamente a 2019, as exportações para Espanha, principal cliente da ITV portuguesa, registaram uma quebra de 178 milhões de euros, tendo sido o destino mais afetado.
Ainda assim, a balança comercial do setor registou um saldo positivo de 1 039 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 141%.