Depois do registo histórico alcançado em 2022, no ano passado, os têxteis e vestuário exportaram 5.753 milhões de euros, 5,6% abaixo do exportado em 2022. A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) nota uma quebra de 339 milhões de euros. Para este resultado contribuiu muito a baixa verificada nas exportações de vestuário de malha (- 8%, representando menos 198 milhões de euros) e nos têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados (menos 102 milhões de euros, -12%).
Já o vestuário em tecido registou uma recuperação assinalável tendo exportado +5%, equivalente a um acréscimo de 53 milhões de euros.
Marrocos foi o destino que mais cresceu quer em valor, quer em quantidade. De assinalar, ainda, o crescimento das exportações em valor para o Canadá, Polónia, Roménia e Arábia Saudita. Em sentido inverso, Espanha é o destino que apresenta a maior quebra, quer em valor quer em quantidade.
Os mercados europeus Itália, França, Alemanha e Países Baixos, mas também os EUA e o Reino Unido, foram os que mais contribuíram para o fraco desempenho das exportações portuguesa. Houve, de facto, uma contração acentuada da procura nestes mercados ocidentais que afetou o valor e volume das exportações portuguesas de têxteis e vestuário. No entanto, a quota de mercado aumentou em quase todos eles, regista a ATP, associação que tem sede em Famalicão e que agrupa cerca de 500 empresas que asseguram cerca de 35 mil postos de trabalho e quase 3.000 milhões de euros de faturação, sendo dois terços desse valor destinado aos mercados de exportação.