
Os alunos do Agrupamento de Escolas Terras do Ave celebraram o Carnaval, na sexta-feira, enquanto aprendiam História, já que o tema foi o 50.º aniversário do 25 de Abril.
O desfile que estava previsto deu lugar a uma atividade inédita que agradou a todos e manteve o concurso de melhor representação satírica. Em vez de passearem pelas ruas de Pedome, cada turma teve de fazer uma memória descritiva do seu trabalho de pesquisa e da sua “máscara”, daquele período em que a “Liberdade não passava de um desejo e quem lutava por ela ia para a cadeia”, referiu um aluno do 5.º ano.
Depois, cada turma tinha de fazer um vídeo com a representação do que gostaria de mostrar ao júri caso houvesse desfile. Os jurados não tiveram tarefa fácil. O primeiro lugar ficou no primeiro ciclo, com a representação da manhã em que os militares tomaram o quartel do Carmo, receberam cravos e falaram sem medo para os jornalistas; o segundo lugar foi entregue ao 5.º ano que trouxe as ex-colónias como símbolo do fim da guerra colonial; o terceiro lugar foi para a turma de 9.º ano que enterrou a ditadura e declamou poesia com sabor a liberdade.
O baile de Carnaval decorreu no “Largo do Carmo” com músicas dos anos 70 e na pista viam-se militares, donas de casa com rolos na cabeça, noivos, representantes das ex-colónias, povo com cravos ao peito, raparigas de saia xadrez com fita larga nos cabelos, vários artistas de 1974, até “Salazar” deu um pezinho de dança.
Para a subdiretora, Elisa Pimenta, estes momentos de «aprendizagem são profícuos; todas as áreas disciplinares estiveram envolvidas, já que todo o trabalho prévio de pesquisa e estudo foi tratado pelas equipas educativas e desenvolvido em diferentes disciplinas, nomeadamente Cidadania».