
O Governo selecionou 30 municípios para integrar o projeto-piloto dos cuidadores informais. Famalicão ficou fora destas opções apesar de ter um projeto pioneiro no país, que se chama “Cuidar Maior”, criado pelo Centro Social e Paroquial de Requião, pela Didáxis e pela Junta de Freguesia de Requião.
Adélia de Almeida, coordenadora do projeto “Cuidar Maior”, diz que esta opção por não incluir o concelho de Famalicão «não tem justificação possível e o porquê também não sabemos». A responsável pelo desenvolvimento do projeto “Cuidar Maior” admite que estão a tentar saber o porquê junto de entidades com responsabilidade na matéria, aguardando ainda as respostas. Mas, mesmo estando de fora, Adélia de Almeida confessa que «estamos cheios de força e não foi isso que nos desmotivou».
O único foco da equipa “Cuidar Maior”, que está sediada na Junta de Freguesia de Requião, é o atendimento aos cuidadores informais nas freguesias de influência. «Somos uma equipa determinada e vamos continuar a ser persistentes», realça.
Uma das vantagens deste projeto-piloto é que os cuidadores informais se possam candidatar a benefícios financeiros, técnicos ou de tempo de descanso. Mas os responsáveis do projeto “Cuidar Maior” também estão a ajudar os cuidadores a preencherem formulários para se poderem candidatar a estas mesmas ajudas já aprovadas pelo Governo.
O apoio não se fica por aqui. O “Cuidar Maior” está a proporcionar formação aos cuidadores e a prestar outros auxílios diversos. Por exemplo, durante a pandemia da covid-19, e porque não podiam prestar auxílio presencial, mantiveram o contacto telefónico com cerca de 30 famílias sinalizadas e, nalguns casos, levaram alimentos a casa porque esses cuidadores não tinham retaguarda familiar. Apesar da covid-19, que abrandou o andamento do projeto, o certo é que agora estão a trabalhar em pleno, com atendimento, formações e ajudas nos domicílios. «Estamos a fazer o nosso caminho, como é costume em Famalicão», realça Adélia de Almeida.