
Vila Nova de Famalicão está a celebrar o bicentenário do nascimento do escritor de Seide S. Miguel e um dos pontos altos das comemorações é o Congresso Internacional “Camilo Castelo Branco, 200 anos depois”, que decorre no final da próxima semana.
A iniciativa, que terá lugar entre os dias 14 e 16 de março, no Centro de Estudos Camilianos, tem inscrições abertas até ao limite de 140 participantes, em www.camilocastelobranco.org
Estão previstas 22 conferências por investigadores de universidades portuguesas e de países como o Brasil, Estados Unidos da América, Roménia e Reino Unido. Todos vêm a Famalicão abordar o vasto legado camiliano e o valor da obra do escritor do século XIX. Também haverá música, visitas guiadas e uma feira com edições camilianas.
Na abertura, marcada para a manhã do dia 14 de março, estará a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues; o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Mário Passos; e o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), António Cunha.
Este encontro inclui, também, painéis de discussão com os oradores, nos dias 14 e 15 de março. No primeiro dia haverá, ainda, um serão musical pelo Divisi Quartet, com arranjos e transcrições das obras de Camilo Castelo Branco, com início pelas 21h30. Já no segundo dia, pela mesma hora, decorre uma visita orientada à Casa de Camilo, com apontamento musical na Casa dos Caseiros, por Cristina Petrescu.
No último dia, haverá uma visita orientada à exposição “Torre Literária – Louvor e Simplificação da Literatura Portuguesa”, na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, com limite de 60 participantes, seguindo-se um almoço com ementa camiliana, para os congressistas que queiram experimentar a célebre receita de Galinha Mourisca. Nos dias 14 e 15 de março, no Centro de Estudos Camilianos, decorre a Feira de Edições Camilianas.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está a assinalar, ao longo deste ano, o bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco com exposições, teatro, cinema, música e publicações literárias, iniciativas que tendem a preservar e a transmitir o legado do escritor e a conquista de novos leitores das suas obras.
Está, também, a decorrer o Prémio Literário Camilo Castelo Branco, cujas inscrições terminam a 16 de março, com um prémio pecuniário no valor de 7500 euros que será atribuído à melhor obra literária escrita em português, por autores do espaço lusófono. O regulamento pode ser consultado em www.famalicao.pt/premio-literario-camilo-castelo-branco .
A tese de doutoramento de José Manuel Oliveira, diretor da Casa de Camilo Castelo Branco, valeu-lhe o prémio CITCEM Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço & Memória»/Afrontamento sobre teses universitárias.
A tese premiada é sobre as “Vivências de Camilo Castelo Branco a partir da sua correspondência” e refere-se ao ano de 2020.
Este prémio visa distinguir as melhores teses de doutoramento apresentadas pelos seus investigadores em qualquer universidade portuguesa ou estrangeira no ano transato ao da sua atribuição. O prémio tem como condição que as teses tenham obtido a classificação máxima nas Universidades a que se submeteram, e pretende proporcionar uma maior visibilidade e divulgação pública da investigação académica desenvolvida no âmbito do CITCEM.
Aos membros júri cabe a apreciação dos diversos trabalhos, com base nos seguintes critérios: originalidade, transdisciplinaridade, qualidade literária e adequação da tese à edição em livro.
Entretanto, o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, já felicitou, nas suas redes sociais, o premiado. “É um apaixonado por Camilo Castelo Branco e conhece como ninguém a vida e obra do mestre. Justo reconhecimento”, referiu o edil. Apesar de tudo não foi suficiente para continuar trabalho que e mb. fez e deu pela Casa de Camilio !!!????? Bom desempenho, para quem lhe sucedeu no cargo, esse é m/desj.