
Cerca de 30% do investimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destinado à sub-região do Ave está destinado a Famalicão. Há 2600 projetos submetidos, da autarquia famalicense, das empresas e instituições concelhias, num total 2800 beneficiários.
Um número que Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, considera ser «muito significativo».
O responsável esteve esta quinta-feira, 8 de fevereiro, depois de um dia passado a conhecer os projetos em execução no território famalicense e que incluiu uma passagem pela Riopele, CITEVE e CeNTI. Teve, ainda, um encontro com o presidente da autarquia, Mário Passos, que decorreu nos serviços municipais de Ambiente, onde será construída a residência de estudantes, precisamente com apoio do PRR.
O autarca alertou o responsável nacional para algumas dificuldades sentidas no terreno, nomeadamente com os prazos estabelecidos, a operacionalização das plataformas e a agilização dos pagamentos.
Questões que o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR espera ver ultrapassadas «para uma execução mais célere e para permitir a liquidez necessária para que as entidades possam executar e causar impacto com os projetos do PRR».
Mário Passos deu, ainda, a conhecer o andamento dos projetos promovidos pela autarquia na área da Saúde como a requalificação e construção de várias Unidades de Saúde Familiar – São Miguel-o-Anjo, USF Urbana, Joane, Nine, Ruivães e Landim.
Segundo Pedro Dominguinhos, «estamos a falar de projetos nas mais variadas áreas, promovidos por beneficiários públicos, beneficiários da área social e sobretudo da área empresarial. Há um conjunto muito significativo de projetos quer nas agendas mobilizadoras, quer na bio economia sustentável, que naturalmente mostram o fortalecimento e a relevância do tecido empresarial desta região. A estas áreas junta-se também a descarbonização, desafio muito sensível que as empresas, quer na área têxtil quer noutras áreas industriais, enfrentam para aumentar a sua competitividade».
«São projetos que catapultam quer estes centros, quer estas empresas, mas também todos os consórcios em que estão envolvidos, para serem mais inovadores e colocarem no mercado produtos e serviços que tenham uma capacidade de exportação relevante», acrescentou.
O presidente da Câmara considera que os projetos apoiados são estruturantes para Vila Nova de Famalicão. Mário Passos recordou que o concelho está, também, entre os municípios da região com mais montante aprovado no âmbito do “Portugal 2020”, de acordo com a mais recente edição do boletim Norte-EU divulgado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
Com tantos milhões a entrar, e continuam sempre a mamar, enquanto a Vaca dá leite até as tetas secar