O projeto “Lusco Fusco” venceu a 9ª edição do Programar em Rede e, para a sua concretização, conta com um apoio municipal de 10 mil euros. É da autoria da Associação Cultural, Desportiva e Social 1º de Maio/Alçapão Academia, de Requião, e foi o mais votado pelos membros do Conselho Municipal da Cultura de Vila Nova de Famalicão.
Alçapão Academia propôs um espetáculo inspirado pela Queima de Judas, festa tradicional do Minho e outrora praticada na freguesia de Requião.
O projeto será desenvolvido ao longo do próximo ano, sendo que a apresentação do espetáculo final acontecerá em duas sessões que terão lugar na freguesia de Requião e na cidade de Vila Nova de Famalicão, ambas em contexto de espaço público e abertas a toda a comunidade.
Os seus autores descrevem-no como «um espetáculo de apresentação em espaço público e aberto à comunidade, que consiste num cortejo de figuras mitológicas coreografadas, acompanhadas de música tradicional, culminando numa encenação teatral do julgamento e da queima do judas». É sugerido o «reativar das tradições portuguesas da queima do judas e da serração da velha e o seu sincretismo com festas pagãs seminais do equinócio da primavera, reinventando-as, ligando a figura de judas a outras figuras do imaginário tradicional português que representam o mal, o acusado, o intimidador».
Recorde-se que a apresentação e votação dos projetos candidatos ao apoio do Programar em Rede aconteceram na reunião do Conselho Municipal da Cultura, que aconteceu no passado dia 18 de novembro, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, com a presença dos parceiros culturais que integram este órgão.
Esta edição do Programar em Rede contou com mais uma candidatura, o projeto “Mostr’ARTE – Inclusão Social Pela Arte”.
Recorde-se que o Programar em Rede, promovido pelo Município de Vila Nova de Famalicão, através do Conselho Municipal de Cultura, foi lançado em 2016 e tem como objetivo envolver vários agentes culturais do concelho na concretização de um evento que se diferencie pela inovação e criatividade, pela capacidade de articulação de meios, pela mobilização e atração de público e pela descentralização da atividade cultural. O projeto vencedor da edição do ano passado foi “50 Cravos” da Momento – Artistas Independentes.