
O presidente da Câmara Municipal defendeu, esta sexta-feira, a criação de uma nova geração de escolas profissionais, que ajustes os conteúdos e as práticas educativas, às exigências contemporâneas das empresas e, deste modo, contribuir «para a sua competitividade e, nalguns casos, até para a sobrevivência de algumas»
A ideia foi proposta ao primeiro-ministro, António Costa, durante uma visita à Riopele, no âmbito do “Roteiro PRR”, para verificar no terreno os projetos já em marcha. António Costa concordou com o autarca e assinalou que os cerca de 300 centros novos tecnológicos que estão a ser criados nas Escolas Profissionais por via do PRR já como uma resposta a essa exigência.
Costa falava na sessão pública do Projeto Lusitano, que reúne várias empresas, centros de investigação e universidades, que decorreu na têxtil de Pousada de Saramagos. A visita serviu para António Costa saber em que ponto se encontra a implementação deste projeto para a Inovação Empresarial da Indústria Têxtil e do Vestuário de Portugal e que pretende acelerar a transformação estrutural da ITV pela aposta na investigação e desenvolvimento de novas soluções baseadas em fibras naturais e/ou recicladas, na produção de fio reciclado/natural, mas também na procura de soluções energéticas e de gestão de recursos para setor.
A escolha da Riopele para esta jornada teve a ver com o facto de ser uma das empresas aderentes ao projeto, liderado pela Nau Verde.
No caso concreto da Riopele, a empresa pretende ser, até 2027, ano do centenário, uma das primeiras do setor a nível europeu operacionalmente neutra em carbono, estando em curso um investimento de 35 milhões de euros. Um dos investimentos praticamente pronto, estimado em cerca de quatro milhões de euros, é a central de biomassa, com capacidade de produção de vapor de 16 toneladas/hora e neutra em carbono, dada a utilização de combustível de biomassa florestal residual. O objetivo é que produza vapor já no primeiro trimestre deste ano, produzindo cerca de 90% do vapor consumido na empresa e permitindo reduzir o consumo de gás natural em aproximadamente 65%.
O plano de sustentabilidade traçado envolve, ainda, investimentos significativos na transição para fontes de energia renováveis, bem como no desenvolvimento de novos produtos e processos para reduzir as emissões. Tudo segundo o ‘Roteiro para a Sustentabilidade’, que visa envolver toda a cadeia de valor para impulsionar o progresso ambiental.
Deste roteiro fazem parte várias iniciativas, como a redução para zero da pegada de carbono das emissões provenientes das suas operações, mas também das emissões proveniente da energia elétrica que consome, a redução da pegada de carbono da cadeia de valor em 20% ou a garantia de 90% da geração da energia térmica proveniente de fonte neutra em carbono.
Noutro plano, a Riopele acredita ser possível que 100 por cento da energia elétrica utilizada provenha de fontes renováveis.
«A trajetória da Riopele evidencia bem o que se está a passar em Vila Nova de Famalicão ao nível de um novo paradigma industrial, gerado a partir de redes de colaboração, de investigação e de inovação», refere Mário Passos, assumindo que a marca Famalicão Created In é, cada vez mais, uma realidade no território.
Riopel boa empresa
Que tal apenas mudar os programas das disciplinas e dos cursos em função da procura??? Acho que fica mais barato do que andar a criar escolas e a inventar tachos.
Nossos políticos bateram no fundo. Sem o mínimo sentido de visão empresarial. Tudo gira a volta de subsidios…
As escolas profissionais, sempre foram um bom chupa- chupa para quem as dirige …… Muito dinheiro a cair no bolso ….