
Nos últimos dois anos, o projeto Há Cultura | Cultura Para Todos implementou 17 ações culturais de cocriação em Vila Nova de Famalicão, que envolveram perto de 900 cidadãos do concelho, grande parte de grupos vulneráveis, e que foram assistidas por perto de 2.250 espetadores.
O balanço é «muitíssimo positivo», afirma o presidente da Câmara Municipal de Famalicão que já garantiu que, até 2025, «vamos continuar a trilhar este caminho, por via da implementação de novas iniciativas de envolvimento comunitário».
Nos próximos anos está previsto a implementação de cerca de 10 projetos de cocriação comunitária que serão dinamizados nos dez territórios das CSIFs, por instituições que integram a rede ‘Sobre o Palco’, uma plataforma colaborativa constituída por cerca de 18 entidades artísticas do concelho.
A primeira iniciativa já aconteceu em 2022, na CSIF de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas, sob orientação da Fértil – Associação Cultural, e no próximo ano será a vez das CSIFs do Vale do Este, de LEC (Lousado, Esmeriz e Cabeçudos) e de Bairro, Carreira, Bente, Delães, Ruivães e Novais acolherem projetos comunitários de cocriação artística.
Durante estes dois anos, foram quase duas dezenas de ações comunitárias orientadas por entidades artísticas com experiência na área da cocriação com a comunidade, em vários domínios artísticos das artes performativas e artes visuais, entre elas, A Casa ao Lado, ACE – Escola de Artes Famalicão, Aldara Bizarro, Frankão, Fértil Cultural, INAC – Instituto Nacional de Artes do Circo, Momento – Artistas Independentes, Ondamarela, Teatro da Didascália, Cineclube de Joane, 4is inovação Social, Associação MEXE e ARTAVE.
O projeto representou um investimento municipal na ordem dos 310 mil euros, tendo sido cofinanciado em 85% pelo Norte 2020 através do Fundo Social Europeu, e envolveu todas as Comissões Sociais Inter-Freguesias (CSIFs) do concelho, bem como parcerias com mais de uma centena de instituições sociais e culturais do território.
O balanço destes dois anos decorreu no Teatro Narciso Ferreira, em Riba de Ave, no dia 22 de outubro, com todos os parceiros envolvidos. Neste encontro dedicado à ‘Arte e Comunidade’ ficou provado que este é um projeto que «nos demonstrou uma nova forma de fazer cultura no território», realçou o presidente da Câmara Municipal.
Mário Passos destacou que «esta nova forma de gerar cultura, por via da cocriação com os cidadãos, potencia um maior envolvimento de camadas da sociedade que não teriam oportunidade de o fazer pelas vias tradicionais».