
A Fértil Cultural montou um espetáculo-homenagem a Mário Cesariny, quando se está a celebrar 100 anos do nascimento deste artista plástico, um dos símbolos maiores do surrealismo português.
O espetáculo, produzido por esta companhia teatral, intitula-se “Herói é o meu nome” e vai ser colocado em cena no dia 25 de novembro, às 17h30, na Fundação Cupertino de Miranda, local onde Mário Cesariny tem muito do seu espólio.
«É teatro, é seguramente música e também é performance, mas a matéria inspiradora é toda ela feita de poesia», revela a Companhia Fértil Cultural, que exibe este espetáculo integrado no programa comemorativo do centenário do nascimento do artista plástico.
“Herói é o Meu Nome” é uma apropriação da sua vida e obra e a sua transformação num ato performativo multidisciplinar que cruza a poesia, a música, a manipulação de objetos, sombras e muito mais. É assim que a Fértil Cultural resume este projeto, que teve a colaboração da Fundação. «Acima de tudo é um ato de homenagem a um artista que nunca deve ser esquecido», realça.
O que o público vai poder ver em palco, para além dos intérpretes – Neusa Fangueiro (canto/declamação/manipulação de objetos), Rui Leitão (guitarra), César Cardoso (baixo) e Paulo Capela (bateria) -, são elementos cenográficos e adereços múltiplos como quadros, molduras, bonecos, candeeiros e abajures, manequins desmembrados, gavetas soltas, chapéus e/ou chaleiras numa combinação a compor uma atmosfera que ajude o espetador a entrar num universo surrealista através desta decoração de interiores.
A Fundação Cupertino de Miranda (FCM) é detentora de grande parte do acervo pessoal de Mário Cesariny. Constituído por mais de duas centenas de obras de arte, objetos de sua casa, e pelo seu arquivo e biblioteca pessoal, no qual se encontram mais de quatro mil fotografias, cadernos, correspondência, livros intervencionados e vários registos manuscritos em simples papéis.