
Apesar da derrota, 2-1, na final da Taça de Portugal, o FC Famalicão apresentou sempre argumentos para lutar pela conquista da Taça de Portugal e fê-lo com qualidade e muita resiliência. Na primeira participação na prova rainha, ao cabo de quatro anos de existência, a equipa feminina famalicense esgrimiu argumentos, de igual para igual, com o Sporting que conseguiu o seu terceiro troféu.
A presença na final da Taça de Portugal é, mesmo assim, um momento que fica lavrado na história do clube famalicense que levou até ao Estádio Nacional uma enorme falange de apoio que não o regateou à equipa.
Do jogo, um belo espetáculo de futebol, a primeira parte teve vários períodos em que o Famalicão foi mais incisivo no último terço do terreno, a jogar muito tempo no meio campo adversário e a falhar duas boas oportunidades para marcar, logo aos 5 minutos, por Capeta, e mais tarde, aos 37, por Raquel Fernandes, quando o Sporting já vencia por 1-0, com golo de Joana Marchão, de grande penalidade, por volta da meia hora de jogo.
Na segunda parte, a equipa famalicense voltou a entrar bem, pressionando o último reduto contrário e, aos 50 minutos, há um lance polémico dentro da área contrária, sobre a famalicense Dani. O lance merecia análise do VAR que não houve. O Famalicão apresentava, tal como na primeira parte, argumentos para lutar pela vitória nesta final.
Na resposta, o Sporting atirou ao poste de Aline Lima. Neste momento, o jogo estava num registo de parada e resposta, mas aos 62 minutos, o Sporting volta a marcar, num remate de Chandra Davidson que desvia numa famalicense e trai Aline.
Apesar da desvantagem de dois golos, a equipa de Jorge Barcellos não atirou a “toalha ao chão” e tentou o golo que a colocaria na discussão do resultado e teve uma oportunidade soberana para o fazer, aos 81 minutos, numa grande penalidade. Lance de vídeo-árbitro, devidamente analisado, e na marcação a guarda-redes do Sporting conseguiu desviar pela linha de fundo o remate de Tipa.
Mais um infortúnio, mas nem assim a equipa desistiu e, aos 89 minutos, Carolina Rocha apareceu na área e, isolada, não desperdiçou e fez o 2-1. Ficaram a faltar 6 minutos de compensação. O Famalicão dava tudo pelo empate e o Sporting tudo na defesa da vantagem. Um final frenético, sempre com o Vila Nova a carregar sobre o adversário… mas não deu para mais.
Fim de história… que fica para a história do Futebol Clube Famalicão.
Glória aos vencedores, Honra aos vencidos. Parabéns meninas famalicenses pela raça, pelo bom futebol e por nunca terem desistido. E não fiquem tristes.