
A região Norte foi aquela que mais contribuiu para aumentar a produtividade laboral no país entre o ano de 2000 e 2017, ao crescer 20% acima dos 15,5% da média do país.
Estes dados foram divulgados pelo Jornal Público, esta segunda-feira, dia 25 de maio, apontando como fonte de informação a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).
Normalmente são as regiões já mais desenvolvidas que mais sobem; neste caso Lisboa não passou dos 3,3% e a região Norte, que é a de menor rendimento por habitante do país, foi aquela que mais subiu. Aliás, é caso único em toda a União Europeia.
Segundo a CCDRN, o aumento da produtividade laboral a Norte «terá resultado, sobretudo, de processos de reestruturação do seu principal sector de atividade económica, as indústrias transformadoras, com um crescimento de 51,6%». Tal corresponde ao «12.º maior crescimento entre as 21 regiões europeias mais industrializadas incluídas no estudo».
Em todo o caso, o ritmo nacional de crescimento da produtividade do trabalho (média de 15,2%) foi fraco quando comparado com outros países europeus, nomeadamente da Europa de Leste, aponta a CCDRN.
Ainda segundo os dados avançados, o Norte «beneficiou de transferências moderadas de emprego em favor de atividades económicas mais dinâmicas e inovadoras, como é o caso do terciário superior (atividades de consultoria, científicas, serviços de apoio, informação, comunicação, serviços financeiros e seguros)». Nestas áreas, foram criados 64 mil novos postos de trabalho. Nos sectores mais indiferenciados (comércio, transportes, restauração e hotelaria), registou-se uma criação de 60 mil empregos.
Por outro lado, perdeu empregos em áreas como a construção, o setor primário e indústrias transformadoras.