João Pinheiro foi promovido à elite da UEFA, o patamar mais alto da arbitragem internacional, e por essa razão foi homenageado pela Associação de Futebol de Braga, numa cerimónia onde estiveram presentes os órgãos sociais; o vereador do Desporto do Município de Famalicão, Pedro Oliveira; o vice-presidente da APAF, Gustavo Sousa; representantes dos núcleos de arbitragem do distrito, árbitros e observadores.
Habilitado a dirigir qualquer encontro organizado pela UEFA e pela FIFA desde 01 de janeiro de 2025, o árbitro de 37 anos confessou que foi «uma alegria imensa atingir o topo da arbitragem» e prometeu «representar ao máximo Portugal nas várias competições», com a ambição de marcar presença num jogo decisivo de um Mundial. «É um feito grande estar na Liga dos Campeões, mas estar num Campeonato do Mundo e na final é o sonho de qualquer árbitro. Quando falo com os meus colegas da Elite, o grande objetivo deles é a final do Campeonato do Mundo. É o topo dos topos», realçou João Pinheiro. O árbitro residente em Famalicão reconhece que «é difícil, mas é exequível. Enquanto houver esperança, vamos lutar por ele. O Mundial torna-se mais difícil do que o Europeu em virtude das vagas, porque há uma limitação de vagas a nível de árbitros de Elite. Desses cerca de 30 árbitros vão 9 ou 10. Por isso é uma luta difícil, mas vou lutar muito por isso», avançou.
O homenageado, que é associados do Núcleo de Árbitros de VN Famalicão, confessou que entrou na arbitragem como hobby, «algo para me preencher, porque como jogador não era muito bom. Rapidamente se tornou uma paixão, que até aos dias de hoje continua. Chegar à categoria de Elite era um sonho», referiu o árbitro.
Segundo o presidente da AF Braga, Manuel Machado, a promoção de João Pinheiro à categoria de Elite da UEFA é um «feito que prestigia o futebol português, a arbitragem nacional e do distrito», reconhecendo-lhe «um percurso que granjeia o respeito de todos», marcado pela «postura firme e equilibrada em campo».
Domingos Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem da AF Braga, considerou João Pinheiro uma «inspiração para a arbitragem portuguesa», pela «capacidade de trabalho e vontade de continuar a aprender».
No tributo, que decorreu no auditório da AF Braga, o presidente da AF Braga, Manuel Machado, presenteou João Pinheiro com um troféu desenhado exclusivamente para a cerimónia – um apito sobre um campo de futebol. O juiz ofereceu ao presidente da AF Braga a camisola que usou na final da Taça de Portugal entre o FC Porto e o SC Braga.
A relação com os clubes está melhor. É natural tentarem arranjar um bode expiatório, por assim dizer, mas não quer dizer que seja o árbitro».
No final da cerimónia, João Pinheiro foi questionado sobre a arbitragem nacional. Em resposta, disse que «em Portugal, a relação com os clubes está melhor. É natural tentarem arranjar um bode expiatório, por assim dizer, mas não quer dizer que seja o árbitro». E atribuiu essa melhoria «ao um trabalho feito pela Federação». Apesar de sentir que «há mais respeito entre nós, não somos imunes à crítica. Logo que a crítica seja de uma maneira respeitosa, temos que aceitar, como qualquer profissão», referiu João Pinheiro.