Covid-19: Associação de ginásios pede apoio ao governo

A Associação de Ginásios – AGAP Portugal Ativo – diz que sem apoios específicos para o setor os prejuízos serão irreversíveis. Garante que já há cerca de três centenas de clubes de portas fechadas e cinco mil profissionais sem emprego.

Por isso, pede ao Governo medidas urgentes.

A AGAP sugere a criação de linhas de apoio a fundo perdido; o apoio direto aos profissionais através de subsídio; e a constituição de uma linha de apoio à tesouraria das empresas do setor.

 

Presidente da ANAFRE «chocado» com veto de Marcelo à desagregação de uniões de freguesia

«Perplexo e chocado», é assim que se sente o presidente da Associação Nacional de Freguesias, Jorge Veloso, a respeito do veto do Presidente da República à desagregação de freguesias, o que fez o diploma regressar ao Parlamento.

Jorge Veloso diz que nada o fazia prever, pelas declarações entretanto dadas por Marcelo Rebelo de Sousa, e que tal posição «prejudica autarcas e populações» e vai «contra todo o trabalho que os deputados tiveram na Assembleia da República».

Recorde-se que Presidente da República vetou, esta quarta-feira, o decreto de desagregação de 135 uniões de freguesia que iriam repor 302 autarquias locais. Marcelo Rebelo de Sousa tem dúvidas quanto à transparência do processo e à capacidade de aplicação do novo mapa. Em nota publicada no sítio oficial da Presidência da República, diz que uma das razões para o seu veto é «a capacidade para aplicar as consequências do novo mapa já às eleições autárquicas de setembro ou outubro deste ano, daqui a pouco mais de seis meses».

Recorde-se que a desagregação de freguesias foi determinada por decreto aprovado pelo PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN. O IL votou contra e o Chega absteve-se.

Sobre a “transparência pública”, o chefe de Estado diz que surgiu pelos «seus avanços e recuos, as suas contradições, as hesitações e sucessivas posições partidárias, a inclusão e a exclusão de freguesias, e, sobretudo, o respeito rigoroso dos requisitos técnico-legais a preencher».

Compete, agora, ao Parlamento confirmar ou não o decreto aprovado a 17 de janeiro. No concelho de Famalicão estava contemplada a separação de Ruivães e Novais, Gondifelos, Cavalões e Outiz, Esmeriz e Cabeçudos, além de Avidos e Lagoa.

Famalicão: A “Inteligência Artificial e Empreendedorismo” em debate

Na tarde do dia 25 de fevereiro, às 17 horas, o Famalicão In Hub, em Vale S. Cosme, recebe uma sessão sobre “Inteligência Artificial e Empreendedorismo”.

É a primeira de um ciclo sobre várias temáticas – Geração Made IN Talks – direcionadas aos empreendedores do ecossistema da Geração Made IN, empresas criadas com o apoio do Gabinete de Apoio ao Empreendedor do Famalicão Made IN.

A sessão, que será dinamizada por Paulo Novais, docente do Departamento de Informática da Universidade do Minho e investigador de renome na área da Inteligência Artificial, pretende abordar a relação entre inteligência artificial e empreendedorismo, explorando como as tecnologias emergentes estão a moldar o futuro dos negócios, bem como do mercado de trabalho e das profissões. Também as oportunidades e benefícios da IA, mas também os desafios e as questões éticas num mundo mais automatizado serão analisados no decurso da iniciativa.

Ao longo do ano vão decorrer outras sessões temáticas, designadamente sobre Empreendedorismo Verde e Sustentável e Empreendedorismo Digital e Inovação.

Famalicão: PS debate a Economia, Comércio e Indústria

O próximo debate organizado pelo PS, no âmbito do “Pensar 2025”, é no dia 18 de fevereiro, às 21 horas, sobre Economia, Comércio e Indústria. A entrada é gratuita, mas sujeita à lotação da sala.

O café-concerto, na Casa das Artes, continua a ser o local escolhido e os convidados são Pedro Siza Vieira, ex-Ministro da Economia; Xavier Ferreira, presidente da ACIF – Associação Comercial e Industrial de Famalicão; Manuel Sousa, administrador do grupo Melo Sousa; Goreti Costa, empresária do DMT Grupo; Armandina Magalhães, empresária da Etiprint, Vitor Sampaio, representante da SINDEQ – Sindicato das Indústrias e Afins; Sofia Lopes Correia, sócia-gerente da loja comercial “Espaço Verde”; Augusto Sá, sócio-gerente da confeitaria Bom Gosto; João Fernandes, representante do gabinete jurídico da APGSL – Associação Portuguesa de Gestão da Sinistralidade Laboral; Ivo Sá Machado, responsável pelo programa autárquico PS 2025.

Segundo o presidente da concelhia do PS e candidato à Câmara, Eduardo Oliveira, o objetivo é o debate do desenvolvimento económico do concelho, bem como os desafios e as oportunidades para as empresas locais. As conclusões retiradas daqui servirão para o programa do PS à Câmara.

O ciclo de conferências “Pensar 2025” já abordou a Ação Social, agora é sobre a Economia, Comércio e Indústria e, em março, irá focar-se em Juventude e Associativismo; no mês de abril é acerca do Desporto e posteriormente sobre Habitação.

Foto: Reprodução site Partido Socialista

Famalicão: Comunidade de Energia Renovável nasce no Vale do Rio Este

A CEVE – Cooperativa Eléctrica do Vale d’Este, a Engenho – Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este e a União de Freguesias de Arnoso (Santa Maria e Santa Eulália) e Sezures, assinaram um protocolo para o desenvolvimento de uma Comunidade de Energia Renovável (CER) no Vale do Rio Este.

Estas entidades vão produzir e partilhar energia gerada pelas Unidades de Produção para Autoconsumo (UPAC), a instalar em edifícios da Engenho e da Junta da União de Freguesias.

O objetivo é a melhoria da sustentabilidade, a redução das faturas de energias os aderentes, bem como o apoio a famílias vulneráveis.

Tudo isto através da produção local de energia sustentável. Terá, inicialmente, no seu núcleo central a unidade de produção de energia fotovoltaica, a instalar na cobertura do edifício do Lar “A Minha Casa” da Engenho, situado na rua Monte de Lordelo, em Arnoso Santa Maria, à qual se adicionarão as unidades de produção de energia fotovoltaica, a instalar nos edifícios da Junta da União de Freguesias, cujos estudos a realizar pela CEVE determinem a sua viabilidade.

Numa primeira fase, a energia produzida será autoconsumida nas instalações de consumo adstritas às entidades que assinam este protocolo e, mais tarde, com o licenciamento da Comunidade junto da Direção Geral de Energia, será alargada a novos membros, ao qual se dá destaque a integração de famílias vulneráveis referenciadas pela Engenho.

Segundo Luís Macedo, presidente da CEVE, «as Comunidades de Energia Renovável (CER) e o autoconsumo são instrumentos essenciais para combater a pobreza energética, porque apresentam vantagens sociais, ambientais e económicas».

O presidente da direção da Engenho, Manuel de Araújo, reconhece a importância da transição energética para energias limpas, por razões ambientais e económicas. «A Engenho soube esperar o momento certo para, através desta iniciativa, reforçar a relação privilegiada de parceria que há anos tem mantido com a CEVE», frisou.

Na assinatura deste protocolo também esteve presente o Município de Famalicão, representado na assinatura deste protocolo pelo vereador Augusto Lima. O autarca congratulou-se com a iniciativa e referiu que a Câmara Municipal está a estudar a melhor forma de se associar à iniciativa, desde logo com a inclusão das instalações da Escola Básica Conde de Arnoso. Na assinatura também esteve presente a diretora do Agrupamento de Escolas D. Maria II, professora Cândida Pinto.

Recorde-se que o protocolo, agora assinado, alarga o âmbito de um anterior, já estabelecido entre a CEVE e a Engenho, para a cocriação de uma Comunidade de Energia Renovável. Associa-se, agora, a Junta da União de Freguesias de Arnoso (St. ª Maria e St. ª Eulália) e Sezures. A Engenho será a entidade âncora do funcionamento do Autoconsumo Coletivo “Comunidade de Energia Renovável com Engenho” (CER com Engenho).

Famalicão: Paulo Cunha defende «políticas que promovam igualdade de condições» para o têxtil e vestuário no mercado global

O deputado do Parlamento Europeu reuniu, esta semana, em Bruxelas, com Mário Jorge Machado. Com o presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal e da Euratex (Confederação da Indústria Têxtil e Vestuário Europeia), o famalicense debateu os principais desafios do setor em Portugal e na União Europeia. Paulo Cunha nota que «este setor estratégico é responsável por milhares de empregos e desempenha um papel fundamental na nossa economia».

Neste sentido, transmitiu a Mário Jorge Machado, a sua «preocupação» sobre custos elevados da energia, «que comprometem a competitividade do setor» e a carga administrativa excessiva, «que dificulta as nossas exportações».

Para ultrapassar estes e outros problemas que o setor têxtil e vestuário enfrenta, o eurodeputado famalicense defende uma aposta clara na inovação, «fator essencial para aumentar a competitividade das empresas», e a necessidade «de um maior controlo sobre produtos importados, bem como políticas que promovam igualdade de condições para as nossas empresas no mercado global».

Paulo Cunha reforçou a Mário Jorge Machado o seu «compromisso» na defesa destas posições junto da Comissão Europeia, prometendo «alertar os meus colegas eurodeputados para o impacto que decisões noutros setores podem ter na nossa indústria têxtil».

Consta, ainda, de uma publicação de Paulo Cunha nas redes sociais, o seu «empenho» em apoiar «a competição justa, a inovação e a sustentabilidade deste setor vital. Portugal é líder, e continuaremos a trabalhar para reforçar a presença das nossas empresas no mercado europeu e global», escreve o eurodeputado famalicense.

Famalicão: Riopele emite 3 milhões em obrigações verdes para financiar terceiro parque fotovoltaico

A têxtil de Pousada de Saramagos fez, pela primeira vez, uma emissão de obrigações verdes, de três milhões de euros, por oferta particular e direta. A emissão obrigacionista ‘Riopele 2025-2030’, sob a forma de ‘green bonds’, «visa apoiar o investimento associado à construção de um parque solar fotovoltaico» nas instalações da empresa, para autoconsumo, com potência instalada de 4.586 kWp, refere, em comunicado, o Banco Montepio, responsável pela organização e montagem da operação.

A construção do parque solar fotovoltaico consta do projeto Riopele EE+R – Energia mais Eficiente e mais Renovável, com benefícios ambientais como a redução das emissões de gases com efeito de estufa. «Esta emissão de obrigações verdes, a cinco anos, vai servir para financiar o terceiro parque fotovoltaico que já está em construção», explica o presidente da empresa, José Alexandre Oliveira. A inauguração deve acontecer em abril deste ano.

Para Pedro Leitão, CEO do Grupo Banco Montepio, a participação na estruturação e subscrição desta emissão, «com impacto na aceleração da transição energética e na descarbonização, reforça o nosso compromisso enquanto parceiro das empresas na prossecução dos seus objetivos de sustentabilidade».

A histórica empresa têxtil prossegue a aposta na sustentabilidade ambiental, não descurando a competitividade, «seja ao nível dos processos seja ao nível dos produtos», reporta José Alexandre Oliveira, em declarações reproduzidas pelo ECO.

Com o Riopele EE+R a empresa dá continuidade a essa aposta investindo em produção de energia renovável solar para autoconsumo e em componentes associadas à eficiência energética na produção e utilização de vapor e de ar comprimido. Inclui, ainda, uma componente de monitorização e otimização dos consumos energéticos, com base em tecnologias digitais.

Recorde-se que em setembro passado, foi inaugurada uma central, numa área de telhado de cerca de 22 mil metros quadrados, com 8.000 painéis solares, uma potência instalada de 4,5 MWp, capaz de gerar anualmente 5.875 MWh de energia. O projeto, apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), teve um investimento superior a cinco milhões de euros.

Fundada em 1927, a Riopele é uma das mais antigas empresas têxteis europeias. Especializada na criação e no fabrico de tecidos para coleções de moda e de vestuário, emprega mais de 1.000 pessoas e exporta cerca de 95% da produção, para clientes espalhados por 30 países.

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