
A Associação de Integração Multicultural, que recebeu, esta segunda-feira, a visita de deputados do PSD, assinalou como dificuldades dos imigrantes o atendimento no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e registos centrais do Estado, acesso ao mercado de arrendamento e obtenção de equivalências académicas e profissionais. Jorge Paulo Oliveira e Clara Marques Mendes, deputados social-democratas, reuniram com a associação sediada em Vila Nova de Famalicão, embora com uma abrangência territorial alargada à região e que tem por objetivo ajudar à integração dos imigrantes que escolhem este território para residir e trabalhar.
A comitiva social-democrata, que contou também com a presença de Susana Forte, da Comissão Política do PSD, foi recebida pela presidente da direção, Taciana Flores, e pelo secretário da Assembleia Geral, Alcino Monteiro, que deram a conhecer o trabalho que a instituição desenvolve desde 2020. Foi reportado que o trabalho assenta, sobretudo, no auxilio e ajuda a todos aqueles que nesta região, muito particularmente em Vila Nova de Famalicão, procuram construir os seus projetos de vida, ajuda que se materializa, por exemplo, na legalização, trabalho, alojamento, educação e saúde.
Refira-se que os últimos dados conhecidos dão conta da presença de 2.678 estrangeiros com estatuto legal de residente em Vila Nova Famalicão, distribuídos por 68 nacionalidades. Os cidadãos com origem no Brasil são dominantes (1270), a que se seguem as comunidades provenientes da India (300) e Ucrânia (242).
No final do encontro, Jorge Paulo Oliveira e Clara Marques Mendes consideraram que «os imigrantes não subtraem, somam cultura, diversidade, capacidade de trabalho e valor económico. Num país de emigração, cabe-nos a especial obrigação de respeitar e tratar bem aqueles que escolhem Portugal para aqui viverem, da mesma forma que queremos e desejamos que os nossos emigrantes sejam respeitados e bem tratados nos países de acolhimento». Além disso, prosseguiram, «é preciso ter presente que Portugal tem no inverno demográfico, a par da estagnação económica, um dos seus maiores problemas estruturais, só resolúvel de forma mais imediata pela atração de cidadãos estrangeiros».