
Na sequência da reunião com uma família ucraniana residente no concelho que está já a acolher familiares fugidos da guerra, o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, anunciou, esta quarta-feira, a ativação com carácter de urgência de um conjunto de respostas solidárias devidamente concertadas com as entidades representativas da Ucrânia, com a comunidade ucraniana residente em Famalicão e com o tecido institucional e cívico famalicense para uma resposta sólida e eficaz às reais necessidades desta comunidade.
Neste contexto, e para além de outras medidas, foi ativada uma linha de apoio direta (932018305) e o email claim@famalicao.pt. A linha é coordenada pelo Gabinete de Integração de Migrantes, pelouro que coordenada e dinamiza esta resposta solidária.
A Câmara Municipal está em contacto com as entidades representativas do país em Portugal para perceber das principais necessidades que importa acudir no imediato e da melhor forma em fazer chegar os bens aos destinatários. É intenção estruturar a disponibilidade solidária que existe no território de forma eficaz e ajustada, pelo que serão criados, em articulação com as Juntas de Freguesia, Instituições Particulares de Solidariedade Social, empresas, escolas e outras instituições, pontos de recolha de bens devidamente sinalizados e integrados nesta rede solidária.
Numa outra dimensão, está a ser recolhida informação completa sobre as disponibilidades de acolhimento no território para dar resposta aos refugiados que foram obrigados a abandonar o país e que procurem o concelho. Neste momento, Vila Nova de Famalicão tem perto de três centenas de imigrantes ucranianos. A dimensão do acolhimento e integração é aquela a que o Município quer dar mais atenção. Para isso, o executivo de Mário Passos quer instalar uma rede de recursos solidários – apoio psicológico, jurídico, social, educativo, entre outros -, para ajudar estas pessoas. Serão criadas várias bolsas de disponibilidade de ajuda, como bolsa de voluntários extraordinária inteiramente dedicada ao acompanhamento destes cidadãos, uma bolsa de disponibilidades de alojamento, de emprego, e de ajudas técnicas e profissionais disponíveis.
Serão também alterados os procedimentos dos regulamentos de apoios sociais para conseguir dar resposta imediata extraordinária aos cidadãos que cheguem fugidos do conflito, apoios que até agora chegam aos cidadãos famalicenses ou aos residentes há mais de três anos no território.