Sete anos após a criação da SAD, o FC Famalicão tem bem cimentado o projeto desportivo que não passa apenas pela equipa principal. A aposta também se manifesta na formação e nas infraestruturas.
Da equipa principal, há a destacar que na época que recentemente terminou conseguiu a segunda melhor classificação de sempre (7.º lugar) e a segunda melhor pontuação (47 pontos). Bateu, ainda, outros recordes. Desde jogos consecutivos a marcar (13), sem sofrer golos (5), ou o melhor início da Liga (3 vitórias). E outras “medalhas” surgem como o recorde de jogadores em seleções (9 e todos ao mesmo tempo) e 6 jogadores que, nos próximos dias, estarão no Europeu sub-21.
Apesar do balanço ser muito positivo, a época não deixou de manifestar dificuldades. À semelhança de outros anos, também houve troca de treinador (Armando Evangelista) e quem chegou, Hugo Oliveira, demorou a implementar a sua ideia de jogo.
Enquanto «marca» que Miguel Ribeiro sempre quis projetar, nacional e internacionalmente, o FC Famalicão é, garantidamente, uma equipa de primeira, tendo lá chegado em 2019/2020 e não mais saiu. Uma marca que cresce com foco «no jogo e no jogador», como sempre mencionou o líder da SAD.
Se desportivamente, alguns elementos acima mencionados atestam a estabilidade e o crescimento; «o jogador» tem também sido bem valorizado, registando-se vendas que renderam milhões de euros desde 2028/2019, ano da criação da SAD, com a “Quantum Pacific”. Da lista, referências, por exemplo, para Ugarte (25 milhões) vendido ao Sporting, hoje no Manchester United; Pedro Gonçalves, também Sporting, por 14 M€; Luiz Junior, no verão passado, para o Villarreal, por 12, e as vendas de Otávio e Iván Jaime, ambos para FC Porto, por 12 e dez milhões, respetivamente.
Os cofres da SAD podem ficar mais recheados pela eventual venda do muito cobiçado Gustavo Sá, um dos sub-21 que vai servir a Seleção. Qualquer proposta que apareça só será analisada depois da participação no Europeu
A este projeto desportivo está associada a contratação de jovens valores e uma clara aposta na formação, com destaque para os sub-19, com o inédito título nacional em 22/23, e com os sub-23 sempre na luta pelo título nacional. Esta época, foram segundos no campeonato e semi-finalistas da Taça.
Também há as infraestruturas. Com o horizonte de ter daqui a três anos um novo estádio – projeto está a concurso internacional, lançado pela Câmara Municipal – tem havido um investimento na Academia, hoje denominada Centro de Treinos, com todas as comodidades necessárias para o desenvolvimento do talento.

Porém, neste universo SAD, o clube aposta, também, na formação e no futebol feminino. As seniores lutam pelo play-off da manutenção na Liga BPI e a equipa sub-19 garantiu a subida à 1.ª divisão nacional.
Acresce que o recém-criado projeto do futsal já é campeão nacional da 2.ª divisão e na próxima época vai jogar na Liga Placard.
Tudo somado, se equipa sénior feminina se mantiver na Liga BPI, só o Sporting, Benfica, Braga e Famalicão têm todas as equipas na 1.ª divisão.
A tudo isto também não tem faltado o apoio. Tal como nas últimas épocas, o clube aparece em lugar de destaque no ranking relativo às assistências na Liga Portugal Betclic, sendo o quarto com melhor registo em termos de taxa de ocupação (72,4%).
Nos 17 jogos realizados em casa estiveram 64285 espetadores, o que dá uma média de 3781 por jogo. Um registo que permitiu subir uma posição neste ranking específico por comparação com o do final da época passada.