Durante as festas Antoninas, o Orfeão Famalicense promove um concurso de quadras populares subordinado ao tema “Meu coração não mudou”.
No ano das primeiras Antoninas, após serem declaradas como Património Imaterial de Portugal, o concurso representa, também, uma homenagem do Orfeão Famalicense a José Casimiro da Silva e ao padre Benjamim Salgado, dois vultos da cultura famalicense e amigos desta centenária associação.
O concurso faz parte do programa oficial das Festas Antoninas, conta com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, e pretende manter viva uma tradição muito antiga e muito querida dos poetas populares.
O concurso decorre entre os dias 16 e 31 de maio deste ano, terminando, às 23h59 deste dia. O tema – “Meu coração não mudou” – é uma alusão ao amor que a população demonstra por Santo António.
Para participar, os concorrentes têm que escrever a quadra em redondilha maior (sete sílabas métricas) aludindo ao espírito popular das festas em honra de Santo António – Festas Antoninas de Vila Nova de Famalicão, sendo dada primazia àquelas que revelem maior criatividade de construção e conteúdo.
A quadra será escrita na ficha de participação que se encontra disponível no https://tinyurl.com/quadrasantoninas Este link, com as regras e a ficha de participação, estará disponível, também, no Website e no Facebook do Orfeão Famalicense.
Cada quadra deve ser assinada com um pseudónimo (não podendo utilizar o mesmo pseudónimo para várias quadras).
Serão atribuídos três prémios monetários (1°, 2º e 3°) no valor de 100€, 75€ e 50€, ainda o “Prémio Casa das Artes”, bem como diplomas de participação aos respetivos vencedores e concorrentes distinguidos com menção honrosa.
Os vencedores serão conhecidos através de publicação na página de Facebook do Orfeão Famalicense e nas plataformas do município de Vila Nova de Famalicão e comunicação social, no primeiro dia das Festas Antoninas. Os prémios serão entregues no decorrer dum evento cultural, denominado “À volta de uma quadra”, a realizar no dia 11 de junho, às 21 horas, no auditório da Biblioteca Camilo Castelo Branco.
Recorde-se que as primeiras quadras alusivas às “Festas de Vila Nova” remontam ao ano de 1908 do século passado, mas foi em 1957 que José Casimiro da Silva escreveu que “As festas de Vila Nova / ressurgem hoje de novo, / alegres como uma trova / na boca do nosso povo”. O Padre Benjamim Salgado gostou do convite que o jornalista famalicense fazia deste modo: “Nossas vozes argentinas / são um coro sem igual / vinde ver as Antoninas / multidões de Portugal” e musicou o belo poema de cariz popular, que se tornou na mais emblemática “Marcha das Antoninas”.