A Casa da Memória Viva organizou, no dia 26 de abril, uma conferência sobre o tema “Famalicão Cidade Aberta”, que se realizou, durante todo o dia, na Fundação Cupertino de Miranda, perante uma média de 80 participantes.
Com diversos painéis, a conferência teve destacadas personalidades famalicenses como conferencistas. Um deles foi Jorge Moreira da Silva, subsecretário geral das Nações Unidas e ex-ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia. Na opinião deste famalicense, os cidadãos «têm um papel importante» a desempenhar na defesa e valorização das cidades e, por isso, «devem ser ouvidos e intervir mais» na projeção das políticas públicas. Deu o exemplo do que aconteceu no tempo da pandemia, marcado pela emergência social e múltiplas crises, em que a proximidade permitiu intervenções «mais rápidas e eficientes».
Segundo Jorge Moreira da Silva, esta participação dos cidadãos no governança do território, assim como o incremento da cooperação intermunicipal, têm que se verificar mais também ao nível da sustentabilidade. Uma área que considera fundamental no futuro das cidades e na vida dos cidadãos.
Outro dos convidados foi João Cerejeira. Este professor na Universidade do Minho falou dos avanços que Famalicão e Portugal registaram ao longo das últimas décadas, comparando os números entre o nacional e o local. Abordando o tema “As pessoas como fator de riqueza”, sublinhou que o elevador social famalicense arrancou antes do 25 de Abril com o alargamento da oferta do ensino público de nível secundário e foi-se acentuando com o acesso, cada vez maior, ao ensino superior. Frisou que em 2011, o concelho tinha 12% da sua população residente com um curso de nível superior, mesmo assim abaixo da média nacional (16%). Uma diferença que persiste, apesar do melhoramento dos indicadores. Contudo, a nível remuneratório, Famalicão tem a média mais alta dos quatro municípios do Quadrilátero, «ficando só atrás do Porto», insistiu o professor de Economia.
À semelhança de Jorge Moreira da Silva, também João Cerejeira defende uma maior interligação entre os diferentes agentes com intervenção no território, incluindo os cidadãos. Essa colaboração, permitirá, frisou, «que concelhos como Famalicão, com uma economia robusta e capacidade produtiva e predisposição para a inovação possam defender-se melhor dos desafios e ameaças» como a automação, a desglobalização e a transição energética.
José Carlos Bomtempo, outro dos oradores, propõe “Famalicão Experimenta”. Mais do que uma marca, seria a oportunidade para Famalicão «ser a capital portuguesa da experimentação aplicada à manufatura».
Com uma visão menos otimista da situação famalicense que os antecessores, o criativo da agência de publicidade BAR Ogilvy desafia Famalicão a apoiar mais a inovação e a experimentação. Há quatro domínios que considera fundamentais: materiais, processos, produtos e experiências. Especificando estas áreas, falou de residências para experimentadores em empresas, um centro de prototipagem aberto a startups e PME, espaços de experimentação e laboratórios de materiais.
Ainda dentro da conferência sobre o tema “Famalicão Cidade Aberta”, houve outros temas a apontar ao futuro de Famalicão, com outros oradores, que procuraram responder aos desafios dentro de três campos: Pessoas, Território e Comunidade.

Primeiro painel com Carlos Maurício Barbosa, Telmo Pinheiro e Paulo Marques para abordar os temas da saúde e da educação, onde apontaram à persistência para uma melhoria contínua. Depois, Helena Freitas, Filipe Soutinho e Jorge Medeiros falaram sobre sustentabilidade e a ideia, já vincada por Jorge Moreira da Silva, de que é preciso uma intervenção cívica dos cidadãos e do governo das cidades, em torno, por exemplo, dos orçamentos participativos. O terceiro e último painel foi sobre a Comunidade, com D. Jorge Ortiga, Carlos Couto e o Coronel Bacelar. A importância da responsabilidade social das empresas e do movimento associativo de proximidade foram as áreas mais discutidas.
Em remate final, quatro jovens – José Eduardo Gomes, Yang Qi, Sara Silva Pereira e Gonçalo Forte Lima, apontaram aos temas que interessam e preocupam os jovens.
Na abertura da conferência, e nas boas-vindas aos presentes, usaram da palavra Carlos Sousa, presidente da Casa da Memória Viva; Armandina Sousa e Silva, administradora da Fundação Cupertino de Miranda; e o vereador da Cultura da Câmara de Famalicão.
Como brinde os moradores da zona envolvente têm ruído nove noites consecutivas, incluindo após as 23:00
Também o orçamento bateu recordes e superou as expectativas,, para os mais distraídos!!
Faz falta a limpeza da cidade .
Faltam muitas barraca e artesão, mas bem organizado, não me admira, foi feita uma praça para isso,
Como artesão em exposição aqui na Feira… Confirmo a adesão de muitos visitantes e compradores…
Muitos estrangeiros …
Podéra,o povo gosta é de festas..