Tia e sobrinha, de 58 e 34 anos, estão acusadas de angariar 260 mil euros em burlas levadas a cabo em Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Vila do Conde e Paredes, avança o JN.
A alegada vidente, com auxílio da sobrinha, é suspeita de ter enganado 22 pessoas, sendo que as vítimas eram abordadas à porta de casa, em cemitérios, hospitais, parques de estacionamento, entre outros locais.
Os alvos eram sobretudo pessoas em situações de saúde emocional e psíquica frágil, a quem era dito que estariam amaldiçoadas, em alguns casos a sofrer de doenças graves, mas que havia solução por meio de rezas e rituais graças aos poderes sobrenaturais da alegada vidente.
Por entre os casos de burla estão o de uma famalicense, que em 2022, convencida de que o filho ia morrer vítima de um feitiço, entregou à vidente cerca de 29 mil euros, parte do dinheiro pedido emprestado ao próprio filho, a uma vizinha e também ao senhorio.
As vítimas foram-se somando, em vários concelhos da zona norte do país, uma mulher chegou mesmo a perder 157 mil euros, vítima do golpe das duas acusadas que usavam as ameaças para extorquir continuamente dinheiro.
A 23 de julho de 2024, tia e sobrinha foram detidas pelo Núcleo de investigação Criminal da GNR de Penafiel, estão acusadas de 22 crimes de burla, sete de coação, um de extorsão, branqueamento e dois de tentativa de burla pelo procurador Paulo Campos.