A partida entre a equipa B do Valongo e FAC, da 2.ª divisão de hóquei em patins, disputada na passada terça-feira, terminou com cenas de pancadaria. A poucos segundos do final do encontro, a equipa da casa conseguiu a igualdade (4-4), por Gabriel Azevedo que estendeu os festejos para junto do banco do Famalicense. Foi neste momento que o preparador físico, Carlos Vilaça, deu uma chapada no jogador do Valongo. A partir daqui e com o apito final instalou-se a confusão, dentro da zona de jogo, mas que se estendeu às bancadas. Perante os incidentes, Carlos Vilaça e o jogador Juan López acabaram expulsos, bem como o guarda-redes da casa.
«Não nos revemos no que aconteceu e lamentamos profundamente estes incidentes. Saberemos assumir as nossas responsabilidades, sendo certo que a responsabilidade não está apenas numa parte. As nossas responsabilidades serão assumidas, doa a quem doer, mas exigimos, também, que o adversário assuma as suas», refere ao CIDADE HOJE o presidente do FAC.
Carlos Filipe Vieira de Castro não esconde a agressão do preparador físico da sua equipa ao jogador do Valongo, considerando-a um «ato censurável e condenável», mas também lamentou «a provocação prévia» do mesmo atleta que, «durante todo o jogo provocou os nossos atletas e quando marcou o golo passa pelo nosso banco e insulta os nossos elementos».
Depois disso, houve confrontos físicos. «O guarda-redes do Valongo apertou o pescoço a um nosso jogador, do banco contrário saltaram elementos que nem sequer estavam na ficha do jogo e da bancada vieram pessoas que entraram em campo e agrediram os nossos elementos. Foi um momento muito infeliz», relata Carlos Filipe Vieira de Castro. O dirigente reforça que a instituição a que preside tem um lastro histórico de desportivismo e de formação de jovens e o que aconteceu «não faz parte da nossa forma de estar e viver o desporto. Por isso, lamentamos tão tristes acontecimentos».
Do lado do Valongo, o dirigente Pedro Azevedo, em declarações ao JN, condena a «atitude irrefletida de um ou dois elementos do Famalicense», lamentando um episódio que «não abona a favor de ninguém nem da modalidade». Conta, também, que «foi um jogo tranquilo, com as coisas normais que os árbitros foram resolvendo». No fim, diz ainda, «estava tudo calmo e sereno, os jogadores cumprimentaram-se normalmente… Nada faria supor o que se passou».
No final do encontro, o Famalicense chamou as forças de autoridade para sair em segurança do pavilhão e o clube da casa já anunciou que vai avançar com um processo-crime contra os agressores que deram origem ao que se passou.