A constituição da Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Ave criou uma gestão única, centrada no hospital, mas que abrange os Centros de Saúde e o ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) de Famalicão, Santo Tirso e Trofa. Dentro dessa gestão, há processos administrativos que precisam de ser melhorados, segundo o relato de alguns clínicos, ouvidos pela CIDADE HOJE.
Um dos problemas refere-se ao controlo da assiduidade. Com a fusão do serviço de recursos humanos, o programa informático que controla a assiduidade de todos os profissionais de saúde é o mesmo que era aplicado no Centro Hospitalar do Médio Ave. Acontece que o programa informático é direcionado para o trabalho por turnos, como acontece nos hospitais, e «torna-se altamente trabalhoso adaptá-lo, quase que diariamente, aos Cuidados de Saúde Primários», relatam-nos.
Apesar das reclamações e sugestões para melhor operacionalizar o controlo da assiduidade, o problema persiste, dizem. Deste modo, os médicos responsáveis de cada unidade de saúde têm trabalho acrescido, «muitas vezes fora do seu horário de trabalho», com o “carregamento” de todos os horários, quando anteriormente era feito automaticamente pelo sistema. «A centralização da saúde nas ULS trouxe este e outros problemas», apontam.