
Na passada terça-feira, o auditório da Universidade Lusíada recebeu uma sessão de apresentação e sensibilização sobre a teleSaúde. Estiveram reunidos mais de 90 profissionais dos cuidados de saúde primários e hospitalares neste evento promovido pela Unidade Local de Saúde do Médio Ave (ULSMAve), em colaboração com os SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde). Houve, no final, uma demonstração prática das várias plataformas, com a apresentação dos acessos e funcionalidades associadas, evidenciando a aplicação destas soluções no contexto clínico.
Neste encontro foram dados a conhecer os projetos propostos a desenvolvimento e em curso na ULS Médio Ave pelos profissionais, bem como as plataformas digitais disponíveis para práticas como a teleconsulta, a telemonitorização e a telereabilitação.
O presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Ave, António Barbosa, abriu a sessão, mas coube a Pedro Teixeira, diretor do Serviço de Saúde Mental, a apresentação da teleconsulta em saúde mental e sexual, uma iniciativa pioneira no país que, segundo afirmou, é de grande potencial de replicação noutras unidades.
Luís Moniz, vogal do Conselho de Administração, deu a conhecer as propostas de projetos que os colaboradores submeteram, sinal da vontade dos profissionais em abraçar a transição digital e a modernização dos cuidados prestados. Houve, depois, as intervenções técnicas dos SPMS, com Vasco Alves a apresentar a plataforma LIVE para teleconsultas, Rafael Franco a abordar a Telecuidados, e Rui Parreira destacou os serviços digitais orientados para os profissionais de saúde.
Recorde-se que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde estão a reforçar as Unidades Locais de Saúde e os Institutos Portugueses de Oncologia com equipamentos de teleconsulta e telemonitorização, tendo por objetivo impulsionar a prática da telessaúde no Serviço Nacional de Saúde e, deste modo, melhorar o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde.
Com um investimento inicial de 580 mil euros, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência na sua componente da Transição Digital na Saúde, a SPMS tem vindo a distribuir câmaras e auscultadores, tablets, tensiómetros e glucómetros. Estes equipamentos visão garantir as condições técnicas necessárias para a prestação de cuidados de saúde à distância, capacitando as unidades para a utilização das plataformas de telessaúde do SNS, desenvolvidas pela SPMS.