
Os presidentes de Câmara dos municípios que compõem o Quadrilátero Urbano – Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães – defendem a construção de um metro de superfície que una estas cidades. A ideia saiu reforçada da reunião que decorreu, no início desta semana, nos Paços do Concelho de Barcelos.
Para sustentar esta pretensão, os presidentes dos quatro municípios – Mário Constantino (Barcelos), Ricardo Rio (Braga), Mário Passos (Famalicão) e Domingos Bragança (Guimarães) – solicitaram junto da CCDRN e do Eixo-Atlântico dois estudos: um sobre a viabilidade económica do projeto; e outro sobre os impactos económicos e sociais que esse projeto traria para a região do Minho. Esta ideia de investimento será apresentada ao Governo, nomeadamente ao Ministro das Infraestruturas e ao Ministro da Coesão Territorial.
Os autarcas acreditam que este é um projeto estratégico para o desenvolvimento da região, reforçando que permitiria retirar pressão automobilística sobre as vias nacionais que ligam as quatro cidades. De outro modo, contribuiria para as metas da descarbonização; teria sustentabilidade ambiental; promoveria a coesão territorial, o desenvolvimento económico e a mobilidade de pessoas, nomeadamente estudantes que frequentam os estabelecimentos de Ensino Superior de cada uma das cidades do Quadrilátero.
Sustentando que os sucessivos governos não têm feito o investimento necessário nesta que é a terceira maior comunidade do país, os autarcas entendem que está na hora do Estado corrigir esta discriminação negativa e tratar a região minhota «como o tem feito nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto».
A descentralização de competências foi outro dos assuntos abordados neste encontro. Os autarcas não contestam a importância da política de descentralização, mas mostram-se «preocupados com a ligeireza com que o Estado tem tratado o assunto». Rejeitam, por isso, uma descentralização assente numa delegação de competências imposta, sem as devidas e justas compensações financeiras.