
“Um mergulho na história e na natureza” é o desafio lançado pela Associação Famalicão em Transição para uma visita guiada ao Alto das Eiras, património arqueológico que é um importante testemunho de ocupação humana entre o Neolítico e a Idade Média.
A visita está marcada para o dia 16 de março, entre as 9h15 e as 13 horas, tendo como ponto de partida a antiga Capela de Nossa Senhora da Carreira, em Joane. O caminho tem 7 km e é maioritariamente florestal. Será acompanhada pela arqueóloga Felisbela Leite.
Esta iniciativa, integrada na edição Conversas TeT – Território em Transição, é aberta a toda a população. Encontro na Rua Senhora da Carreira, n° 359, 4770-265 Joane; localização no Google Maps: https://maps.app.goo.gl/QsvpqqTiyyJRisRX6.
Segundo a Associação Famalicão em transição, esta visita tem por objetivo dar «a conhecer a riqueza cultural, histórica e ecológica deste notável conjunto arqueológico, que se estende por uma vasta área do concelho, delimitada por duas linhas de água que convergem para o Rio Ave».
Entre os seus elementos mais destacados, contam-se: o Castro das Eiras, um dos maiores povoados da Idade do Ferro do Norte de Portugal, com um balneário decorado com pedras graníticas;
o Castro de Vermoim, que inclui vestígios defensivos medievais do antigo castelo local, palco de episódios históricos marcantes durante o Condado Portucalense; a Necrópole de Vermoim, composta por quatro mamoas.
«Este conjunto distingue-se não só pela sua dimensão e diversidade, mas também pela coerência espacial e pelo enquadramento paisagístico que o caracterizam. A sua importância histórica e patrimonial justifica a sua classificação como um elemento essencial para a compreensão da centralidade desta região no Médio Ave e da vivência das suas populações ao longo dos séculos», elucida a Associação.
A Associação Famalicão em Transição quer, também, abordar a sua proposta sobre a criação de uma Área Florestal Municipal Protegida naquela zona, assim como a proteção e regeneração do património florestal e cultural.