Covid-19: Pais e escolas querem anular viagens de alunos sem serem prejudicados

“Na última semana notou-se que muitas escolas começaram a querer recuar nas viagens marcadas. Não é que as pessoas e as escolas estejam em pânico, mas as famílias preferem precaver-se e desmarcar ou adiar estes passeios”, disse à Lusa Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

Segundo Filinto Lima, este movimento começou depois de os serviços do Ministério da Educação e o primeiro-ministro terem aconselhado a avaliar as viagens para o estrangeiro, e agravou-se com o conhecimento público dos primeiros casos do novo coronavírus em Portugal.

No caso das viagens marcadas para daqui a alguns meses, a resolução do problema parece estar a ser simples, mas o mesmo não acontece para os que tinham planos para as férias da Páscoa, contou Filinto Lima.

Com os voos e estadas marcados para o final do mês, as agências de viagem recusam-se a devolver o dinheiro pago, explicando que neste momento já não conseguem ser ressarcidos.

“Neste momento, estas situações passam-se um pouco por todo o país”, disse Filinto Lima.

Segundo a informação enviada por uma agência de viagens a uma escola, o dinheiro não podia ser devolvido porque a reserva com companhia aérea já estava liquidada e esta não faz devoluções.

Só seria possível recuperar o dinheiro se se tratasse de um destino interdito, desaconselhado pela Organização Mundial de Saúde ou pelo Governo, segundo a explicação da agência de viagens a que a Lusa teve acesso.

Quanto à estada, a agência de viagens disse que o hotel também não faz reembolsos “devido ao ‘timing’ da anulação, a menos de 30 dias do ‘check-in’”.

A agência explicou que só conseguiria reembolsar os clientes se houvesse uma declaração em como o destino da viagem era uma região afetada, o que permitiria anular legalmente o passeio e ativar o seguro.

Para o representante dos pais e encarregados de educação, Jorge Ascensão, a solução poderia passar precisamente pela intervenção das entidades oficiais, que deviam emitir uma recomendação a desaconselhar as viagens.

“Também não queremos que as agências saiam prejudicadas”, afirmou à Lusa Jorge Ascensão, presidente da Confederação Nacional de Associação de Pais (Confap).

“Penso que estamos perante uma situação de interesse nacional e internacional e, nesse sentido, a tal declaração das autoridades poderia fazer a diferença”, disse Jorge Ascensão, sublinhando que a ideia não é proibir viagens mas desaconselhar.

Por outro lado, o representante dos pais defendeu que “também as agências de viagens deveriam ter aqui um papel em nome da prevenção da saúde pública”, referindo que “está aqui em causa uma despesa que não foi efetuada: não houve viagens de avião nem estadias em hotéis”.

Também Jorge Ascensão lamentou que os alertas e recomendações feitos pelas autoridades de saúde e serviços de Educação “caiam em saco roto” quando não há medidas práticas que permitam aos pais tomar decisões sem serem prejudicados.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90 mil pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo duas em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.

Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco “muito elevado”.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou na segunda-feira os dois primeiros casos de infeção em Portugal, um homem de 60 anos e outro de 33, internados em hospitais do Porto.

Um tripulante português de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.

Mercadona é reconhecida pela inovadora embalagem do arroz de vegetais

O Observatório de Inovação em Grande Consumo do Institut Cerdà (fundação privada independente, com mais de 40 anos de história), formado por um painel de peritos independentes, apresentou em Valência – Espanha, as principais inovações do setor em 2024.

Entre elas, destaque para duas da Mercadona, uma vinculada ao produto e outra aos processos. Relativamente ao produto, foi premiado o novo arroz de vegetais num recipiente de alumínio, por ser o primeiro arroz cozinhado diretamente numa embalagem que também é adequada para micro-ondas, inovação que desenvolveu em colaboração com o seu fornecedor especialista Platos Tradicionales, com sede em Valência.

No que diz respeito a processos, foi reconhecida a nova rotulagem nos produtos com recurso a um código QR, uma evolução do conhecido código de barras e um grande avanço na eficiência operacional da empresa.

Como explica o Observatório, este tipo de arroz, um prato tradicional valenciano, consiste numa fina camada de arroz que é servido no mesmo recipiente em que foi cozinhado, “o que anteriormente tornava difícil de replicar o seu sabor e textura nos pratos preparados disponíveis no Grande Consumo”. Mas, com este lançamento, o fornecedor Platos Tradicionales conseguiu transferir a experiência deste prato cozinhado na hora para um prato preparado. O segredo está na embalagem, um recipiente metálico concebido e patenteado pelo fabricante, que se destaca por dois motivos: por um lado, permite elaborar o arroz dentro da própria embalagem, conseguindo umas características organoléticas idênticas às de uma preparação caseira e, por outro, é adequada para micro-ondas, pelo que se pode aquecer e comer na própria embalagem, facilitando o seu consumo fora de casa.

Relativamente aos processos, o Observatório de Inovação em Grande Consumo reconheceu a Mercadona, na sua oitava edição, pela implantação de um código QR nos seus produtos, que substituirá o tradicional código de barras, sendo a primeira cadeia de distribuição a implementá-lo. Este novo sistema de rotulagem, que foi desenvolvido em colaboração com a AECOC, associação de fabricantes e distribuidores de Espanha, contribui para aumentar a eficiência operacional da empresa e, como indicam os peritos, “trata-se do primeiro passo para a adoção massiva do código QR no Grande Consumo”.

Este novo código tem uma dupla funcionalidade de oferecer informação ao consumidor, direcionando-o para uma página com sugestões sobre como cozinhar e consumir o produto, e também para a empresa, ao incluir em cada produto informação útil, como datas de validade, lotes, fornecedor e peso exato. Isto permite vincular cada produto ao seu fornecedor, melhorando o controlo da rastreabilidade; garantir Segurança Alimentar, ao certificar-se digitalmente que não passam pela caixa produtos fora de validade; aumentar a eficiência na loja, ao permitir reetiquetar produtos perto da sua data de validade sem que seja necessário voltar a pesá-los, e até afinar os processos de gestão de stock.

Atualmente, a Mercadona implementou este novo QR em produtos da secção do talho, tanto em Portugal como em Espanha, e prevê incluí-lo nas secções de Peixaria e Frutas e Legumes ao longo de 2025.

 

WAKO Portugal-Ringue realizou estágio em Famalicão

No passado fim de semana, no Dragon Club, decorreu um estágio da equipa WAKO Portugal-Ringue, de preparação para o campeonato do mundo que terá lugar no Dubai, bem como para outras competições nacionais.

Tratou-se de mais um momento de superação, evolução e espírito de equipa que também visou o fortalecimento da modalidade de kickboxing.

Nesta preparação esteve a equipa Gogs Academy, com os atletas Iara Araújo, Gabriel Araújo, João Gonçalves, João Sousa, Bento Carvalho e Bruno Monteiro.

Presidente da ANAFRE «chocado» com veto de Marcelo à desagregação de uniões de freguesia

«Perplexo e chocado», é assim que se sente o presidente da Associação Nacional de Freguesias, Jorge Veloso, a respeito do veto do Presidente da República à desagregação de freguesias, o que fez o diploma regressar ao Parlamento.

Jorge Veloso diz que nada o fazia prever, pelas declarações entretanto dadas por Marcelo Rebelo de Sousa, e que tal posição «prejudica autarcas e populações» e vai «contra todo o trabalho que os deputados tiveram na Assembleia da República».

Recorde-se que Presidente da República vetou, esta quarta-feira, o decreto de desagregação de 135 uniões de freguesia que iriam repor 302 autarquias locais. Marcelo Rebelo de Sousa tem dúvidas quanto à transparência do processo e à capacidade de aplicação do novo mapa. Em nota publicada no sítio oficial da Presidência da República, diz que uma das razões para o seu veto é «a capacidade para aplicar as consequências do novo mapa já às eleições autárquicas de setembro ou outubro deste ano, daqui a pouco mais de seis meses».

Recorde-se que a desagregação de freguesias foi determinada por decreto aprovado pelo PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN. O IL votou contra e o Chega absteve-se.

Sobre a “transparência pública”, o chefe de Estado diz que surgiu pelos «seus avanços e recuos, as suas contradições, as hesitações e sucessivas posições partidárias, a inclusão e a exclusão de freguesias, e, sobretudo, o respeito rigoroso dos requisitos técnico-legais a preencher».

Compete, agora, ao Parlamento confirmar ou não o decreto aprovado a 17 de janeiro. No concelho de Famalicão estava contemplada a separação de Ruivães e Novais, Gondifelos, Cavalões e Outiz, Esmeriz e Cabeçudos, além de Avidos e Lagoa.

Famalicão: Joane derrotado em jogo envolto em muita polémica

Na tarde deste domingo, o GD Joane perdeu, 1-0, em casa do Atlético dos Arcos. A partida da jornada 18 do Campeonato de Portugal teve várias incidências, com lances em que os joanenses reclamam dos critérios do árbitro Rui Moreira.

São, pelo menos, quatro os lances da polémica, dentro da área da equipa da casa, e que o clube joanense já publicou nas redes sociais, acompanhados de um comunicado no qual garantem que «não podemos ignorar que o jogo de hoje, frente ao Atlético dos Arcos, ficou marcado por decisões que condicionaram a nossa equipa, especialmente em momentos determinantes na área adversária». O clube famalicense deixa esta alerta, com a garantia de que «seguimos firmes no nosso caminho, trabalhando com mais determinação. No próximo domingo, entraremos em campo mais fortes, com a mesma ambição de sempre: lutar pelos 3 pontos e pelo orgulho do nosso clube».

Com mais este desaire, a equipa treinada por Duarte Nuno está no décimo primeiro lugar (zona de despromoção), com 20 pontos.

Na próxima jornada recebe o Dumiense, outra formação que luta pela manutenção.

Famalicão: Projeto do Agrupamento de Escolas Terras do Ave vai levar vinte jovens à Europa

Vinte jovens da comunidade onde se insere o Agrupamento de Escolas Terras do Ave vão viajar pela Europa. Esta iniciativa insere-se no projeto “Together We Rise”, da União Europeia, e vai proporcionar viagens culturais, promotoras do desenvolvimento pessoal, social e cultural dos alunos envolvidos.

O projeto deste agrupamento de escolas, em parceria com a YUPI (Youth Union of People with Initiative), foi aprovado no âmbito do programa DiscoverEU Inclusion Action e reafirma o compromisso do estabelecimento de ensino «com o desenvolvimento comunitário, proporcionando aos jovens ferramentas para se tornarem agentes de mudança nas suas comunidades». Ainda segundo nota informativa da escola, o “Together We Rise” visa capacitar os participantes com competências de liderança, digitais e empreendedoras, ajudando-os a superar barreiras socioeconómicas e a explorar novas oportunidades.

Por outro lado, a iniciativa também fomenta a inclusão social e o diálogo intercultural, «fortalecendo o sentimento de pertença à União Europeia e promovendo o respeito pela diversidade cultural». Do projeto também constam práticas sustentáveis e de sensibilização ambiental «para a formação dos jovens na construção de uma sociedade mais consciente e responsável».

Esta aprovação «reflete o esforço coletivo de uma equipa dedicada, que, com empenho e abnegação, tem trabalhado de forma incansável na conceção, redação e implementação deste tipo de projeto», expressa o Agrupamento de Escolas Terras do Ave.

Famalicão: Joane vence em casa do segundo classificado

Na tarde deste domingo, o Grupo Desportivo de Joane conseguiu uma moralizadora vitória em casa do então segundo classificado da série A do Campeonato de Portugal, o Bragança. A equipa de Duarte Nuno venceu, por 1-2. Ao intervalo, o jogo estava empatado 1-1, mas na segunda parte os joanenses colocaram-se na frente do marcador e daí não saíram até ao apito final. Luís Paulo e Miguel Silva foram os autores dos golos do Joane que regressou às vitórias.

Com 12 jornadas disputadas, os joanenses subiram ao quinto lugar, com 18 pontos. Na próxima jornada, em janeiro, o Joane recebe o Brito.