
Os manuais escolares relativos ao ano letivo 2019/20 já não precisam de ser entregues. Por proposta do CDS-PP, aprovada no Parlamento, fica suspensa a obrigatoriedade de devolução dos manuais escolares gratuitos. A decisão, que teve apenas os votos contra do PS, tem por base a garantia de condições para a recuperação de matéria escolar em atraso, devido à suspensão das aulas presenciais.
Os pais manifestaram-se satisfeitos com esta medida mas alertam que algumas famílias já entregaram os livros. O prazo para a entrega arrancou na sexta-feira, dia que marcou o final do 3.º período, e terminaria a 28 de julho. Por isso, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascensão, espera que as escolas possam devolver os manuais às famílias que já os entregaram, porque os alunos irão precisar deles no próximo ano letivo.
A proposta partiu do CDS e teve a aprovação dos restantes partidos, com exceção do PS que votou contra. A referida proposta faz parte do conjunto de alterações ao Orçamento de Estado Suplementar que esta terça-feira começou a ser discutido e votado na especialidade.
Os pais já tinham manifestado apreensão em relação à obrigatoriedade de devolver os manuais escolares utilizados este ano, questionando como é que os alunos iriam recuperar os conteúdos que ficaram por lecionar no 3.º período, sem o apoio dos livros.