
As candidaturas para a quinta edição do Prémio Januário Godinho estão abertas até ao dia 11 de junho deste ano. Promovido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, este prémio, que visa a salvaguarda e valorização do património edificado, tem o valor de 7.000,00 euros, cabendo 2.000 ao promotor e 5.000 à equipa projetista, representada pelo coordenador dos projetos. Podem apresentar candidatura todas as entidades privadas que tenham promovido intervenções de reabilitação de edifício, concluídas nos 2 anos anteriores ao ano civil de cada edição do prémio, em edifícios com idade igual ou superior a 30 anos.
O regulamento e a ficha de inscrição encontram-se disponíveis para consulta e download em www.famalicao.pt/premio-januario-godinho.
Na primeira edição, em 2017, venceu a intervenção no Palácio da Igreja Velha, em 2019 a Casa Serafim e Esperança Oliveira, em 2022 a reabilitação e ampliação da Quinta de São Tiago e, em 2023, a reabilitação da Quinta de Delães.
Recorde-se que Januário Godinho, figura incontornável da arquitetura moderna portuguesa, nasceu a 16 de agosto de 1910 no concelho de Ovar. Arquiteto eminentemente moderno, demarca-se dos seus pares, pela importância que prestou à tradição, ao contexto e ao património edificado, em toda a sua obra. A vasta obra que Januário Godinho deixou no nosso território e a sua sensibilidade no equilíbrio entre novo e tradição, são fundamentos que este prémio procura enaltecer.
Januário Godinho deixou em Famalicão o edifício dos Paços do Concelho e o antigo Tribunal; na freguesia de Antas o edifício para o Banco Português do Atlântico (1953); na freguesia de Brufe a casa Afonso Barbosa (1940-42); na freguesia do Louro várias construções na Quinta de Seara, propriedade do banqueiro Artur Cupertino de Miranda, o mercado, a igreja, a Casa do Povo, o centro paroquial e o cemitério. Na freguesia de Requião, cujo promotor foi o industrial Manuel Gonçalves, destaca-se o projeto da Casa Manuel Gonçalves, a Quinta de Compostela e a Têxteis Manuel Gonçalves.