
O candidato da CDU à Câmara manifesta nota de «repúdio ao uso de crianças e adolescentes como meios de comunicação de campanha eleitoral». Sílvio Sousa diz que «não é de hoje, e acontece há vários anos» a distribuição de artigos alusivos a campanhas eleitorais, como canetas ou bolas, nas portas das escolas, desde o ensino primário até ao secundário. Garante que há vários candidatos a fazê-lo.
A opinião do candidato, expressa num comunicado, é que «não devemos confundir educação política, que deve, ou deveria, fazer parte dos planos curriculares de cidadania, com o uso de crianças e adolescentes para campanhas de partidos».
Sílvio Sousa diz que o ato «levanta questões éticas» e que merece ser denunciado. Isto porque, a seu ver, a «vulnerabilidade de uma criança, ou a falta de maturidade na adolescência, proporcionam alvos fáceis e suscetíveis de deturpações sociais e culturais».
Para a CDU, estas ações contrastam com as verdadeiras necessidades da comunidade escolar: «O que as crianças e os jovens do nosso concelho precisam não são brindes. O que é preciso é alargar a gratuitidade das creches até ao pré-primário. O que é essencial é reverter o encerramento sistemático das escolas primárias e jardins de infância nas freguesias periféricas. A nossa prioridade é investir no futuro das crianças através de políticas sérias, não usá-las como veículos para propaganda».