Semana da Leitura na Trofa começa segunda-feira

O auditório do Fórum Trofa XXI recebe, na manhã da próxima segunda-feira, às 10 horas, a sessão de abertura da Semana da Leitura, momento que terá a participação de Ivo Arantes, escritor, professor de Educação Musical, do jardim de infância até ao 2º ciclo, canta e dirige coros religiosos, em Vale de S. Martinho – Famalicão, sendo autor do livro “Os lendários Heróis do Ambiente”.

Na sessão inaugural será assinado o protocolo de Cooperação da Rede de Biblioteca da Trofa, parceria tripartida entre a Câmara Municipal e os agrupamentos de escolas da Trofa e de Coronado e Castro. O documento visa potenciar o trabalho colaborativo desenvolvido pelo serviço de apoio às bibliotecas escolares da Trofa, rentabilizando recursos humanos, tecnológicos e informacionais e ações cooperativas no intuito de elevar o nível educativo e cultural do concelho, em prol do progresso dos níveis de literacia dos cidadãos. Ainda com este protocolo a autarquia trofense pretende criar e garantir a atualização do Portal Digital da Rede de Bibliotecas da Trofa e o catálogo bibliográfico concelhio e fomentar o empréstimo inter-bibliotecas e o desenvolvimento de políticas de aquisições concertadas que visem a otimização de recursos.

Direcionado para alunos, professores, pais e encarregados de educação, auxiliares e direções de todos os agrupamentos e escolas públicas do concelho, “Trofa a Ler 2023” pretende ser ainda mais abrangente com o envolvimento de toda a comunidade. Neste sentido, na terça-feira, 7 de março, lança o desafio “10 minutos a ler”, aberto a toda a população que é desafiada a partilhar fotografias do momento nas redes sociais, com o hashtag #10minutostrofaler2023.

Mercado de livros gratuitos

Também faz parte desta Semana da Leitura a décima edição do “Ler não custa nada, mesmo nada!”, mercado de livros gratuito na Casa da Cultura. Uma iniciativa que promove a partilha e troca de livros até ao dia 11 de março. A Câmara Municipal apela à comunidade que entregue na Casa da Cultura, bibliotecas escolares do concelho e na antiga estação da Trofa, livros e/ou revistas.

O Agrupamento de Escolas de Coronado e Castro desenvolverá atividades várias direcionadas para os alunos e para a comunidade, desde o “desafio de escrita – E se pegássemos na caneta?”, passando pelo “Projeto Escola a Ler: Tempo para ler e pensar”, “Doces leituras com pais e encarregados de educação”, “Leituras dramatizadas na biblioteca”, hora do conto “O Príncipe Nabo e Amor de Perdição” pela contadora de histórias Ana Esteves até à dramatização do conto infantil “Corre, corre, cabacinha” pelo grupo sénior do Centro Comunitário Municipal da Trofa, que atuará no polo do Coronado.

Já o agrupamento de Escolas da Trofa organizará um conjunto de ações como “Leituras em família nas EB”, “Ler Especial”, “Hora do conto”, “Embaixadores da Leitura na EB2/3”, “Encontro com o escritor/ilustrador Pedro Leitão nas EB”, “Concurso de Leitura Expressiva na EB2/3” e a Votação “Miúdos a votos” – 1º e 2º ciclo.

 

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Famalicão: Muito metal para ouvir no Louro

A décima edição do festival Laurus Nobilis começa esta sexta-feira e, tal como nas edições anteriores, com nomes maiores do metal.

No Louro, até domingo, o Ceve Laurus Nobilis apresenta no cartaz, entre outros, os Dark Funeral, Éden. Soen, Carach Angren, Queen of Spades, Blame Zeus, Death Valley Knights, Praetor, Éden, Dreadcult, Enemy of Reality, Sacred Sin, Dust Bolt, Ancient Settlers, Demidead, Equaleft, Quintento Explosivo e Ethereal.

Esta quinta-feira há uma receção ao campista com Post, Chaos Addiction e Revolution Within.

A edição comemorativa de 10 anos mantém-se na Casa do Artista Amador e terrenos envolventes, na freguesia do Louro. São 32 bandas – 18 internacionais – numa celebração da música alternativa e do metal.

Bilhetes e mais informações em www.laurusnobilis.pt

Famalicão: Centro de Estudos e jardins da Casa de Camilo são palco para a música

Durante três dias – 25, 26 e 27 de julho – o Centro de Estudos Camilianos e os jardins da Casa de Camilo recebem a segunda edição do Festival Cantos de Camilo, uma organização da The Village, com o apoio do Município de Vila Nova de Famalicão.

De entrada livre, o festival volta a contar exclusivamente com projetos musicais famalicenses, com sete talentos locais, em atuações intercaladas com momentos teatrais e literários inspirados na obra de Camilo Castelo Branco.

O primeiro dia, 25 de julho, abre ao som de Bruno Ferreira, às 21h45, no auditório do Centro de Estudos Camilianos. Antes, está marcada uma visita à exposição “Jorge, Desenhos do Meu Filho”, pelas 21 horas, e uma performance teatral pelo Grutaca – Grupo de Teatro Amador Camiliano, às 21h30.

Na tarde do dia 26, os jardins da Casa de Camilo recebem as propostas musicais de Joana D’Alma (17h30), Rafa Magalhães & Belga (18h30) e Miguel Riva (19h15).

O festival termina no 27 de julho, com os concertos de Ré Menor (17h30), Aurora Miranda (18h30) e Hot Air Balloon (19h15).

Nos dias 26 e 27 de julho, o recinto abre às 17 horas e no local dos concertos serão disponibilizadas mantas e almofadas, para maior conforto do público, e haverá pontos de venda de comida e bebida.

Famalicão: Trânsito condicionado na VIM após despiste em Vizela

O despiste de uma viatura ligeira, na VIM, na zona das Caldas de Vizela, está a provocar condicionamentos no trânsito.

O alerta foi dado por volta das 16h30 e para o local foram acionados 11 operacionais, entre a Corporação de Bombeiros de Vizela, VMER de Famalicão e SIV de Santo Tirso.

A GNR está a tomar conta da ocorrência.

Famalicão: Henrique Raposo vence Prémio Literário Camilo Castelo Branco

O escritor e cronista Henrique Raposo é o grande vencedor da primeira edição do Prémio Literário Camilo Castelo Branco, promovido pelo Município de Famalicão.

Por entre as mais de 300 obras em análise, o júri do concurso atribuiu o prémio a “As Três Mortes de Lucas Andrade” que marca a estreia de Henrique Raposo no romance.

“É uma honra que me deixa sem palavras. Camilo é o meu herói nas letras, o meu escritor português preferido, quer no estilo, quer na substância: é o escritor da violência física e sentimental no país dos alegados brandos costumes”, diz o autor.

O júri, composto por Sérgio Guimarães de Sousa, Coordenador Científico da Casa-Museu de Camilo, Maria de Jesus Cabral, da Universidade de Aveiro, e por André Corrêa de Sá, da Universidade da Califórnia, fala “num romance cru, sensorial e profundamente humano, onde a literatura se assume como espaço de confronto e escuta”.

“As Três Mortes de Lucas Andrade” é a saga de um suicida que vive em constante conflito com os códigos masculinos da pobreza. A obra fixa-se na segunda metade do século XX e retrata as migrações do campo para a cidade, os choques entre a cidade e a periferia e o nascimento dos subúrbios dos anos 60 e 70.

Recorde-se que o Prémio Literário Camilo Castelo Branco, no valor de 7 500 euros, é um concurso bienal, instituído e patrocinado pelo Município de Famalicão. Promove a criação literária em língua portuguesa e destina-se a escritores lusófonos, inserindo-se nas comemorações do bicentenário de nascimento de Camilo Castelo Branco.

Famalicão: Construção do Terminal Rodoferroviário da Medway vai ter novos avanços

Esta quarta-feira, o Município de Famalicão, a Infraestruturas de Portugal e a Medway vão assinar a adenda ao Protocolo de Cooperação para a construção do Terminal Rodoferroviário de Lousado, que vai permitir avançar com a construção daquela que será a maior plataforma da Península Ibérica de transporte rodoferroviário.

A cerimónia, agendada para as 15h30, nos Paços do Concelho, vai contar com a presença do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, assim como do presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, o Presidente do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal, Miguel Luz e do presidente do Conselho de Administração da Medway, Carlos Vasconcelos.

A alteração ao protocolo de cooperação, assinado em 2019, incide sobre questões como a intervenção de cada parte no projeto e empreitadas, a cedência de materiais por parte da IP, expropriações e acertos dominiais, procedimentos operacionais, manutenção das futuras infraestruturas e compromissos de tráfego.

Recorde-se que a ligação ferroviária, bem como as acessibilidades rodoviárias a concretizar, terão acesso direto, através da Linha do Minho, às principais vias de exportação e o terminal irá potenciar a indústria exportadora facilitando a logística das mercadorias.

O futuro Terminal da Medway em Famalicão vai servir as necessidades crescentes de transporte de mercadorias da região, com oferta de transporte ferroviário de mercadorias integrado com soluções logísticas.

Famalicão: Augusto Canetas apresenta o romance “A Recusa”

O autor Augusto Canetas tem um novo livro, desta vez um romance com o título “A Recusa”. A apresentação é este sábado, dia 19 de julho, pelas 16 horas, na Fundação Cupertino de Miranda. Além da animação por Maria Clara Martins, com flauta transversal, haverá convidados para falar do livro, do autor e da literatura, entre eles o presidente da Câmara, Mário Passos, o magistrado António de Soisa, as professoras Maria do Carmo Reuter e Alzira Serra e também Alzira Quintanilha.

D´ “A Recusa”, editado pelo Grupo Criador Editora, diz Luís MM Duarte que «é o romance que acompanha Ulrich Turguêniev, um engenheiro civil reformado, pacato e amante da literatura, que vê a sua vida virar de cabeça para baixo, ao receber uma convocatória inesperada para integrar as forças armadas da “Federação das Montanhas Perdidas” (Rússia). Contra a sua vontade e sem experiência militar, Ulrich é forçado a assumir o cargo de comandante de um grupo de recrutas, composto por homens de todas as idades e até prisioneiros, no meio da operação de invasão do “Celeiro” (Ucrânia)».

Este é um resumo do livro, com um tema tão atual, mas como diz Luís MM Duarte, professor de Filosofia/Psicologia, no Preâmbulo, as histórias surgem da «observação, da inquietação, do desejo de compreender o mundo e as suas contradições». Luís Duarte acrescenta que «é mais do que uma história de guerra ou de um chamamento às armas; é uma viagem interior, um mergulho profundo no coração de um homem que ousa dizer “não” quando o mundo ao seu redor grita “sim”».

Numa referência a outros autores, que também abordaram esta temática, Luís Duarte defende que «Turguêniev poderia ter sido um personagem de Dostoiévski, um homem dilacerado entre o dever imposto e a consciência revoltada ou de Camus, um absurdo existencialista que encontra na sua recusa um eco de Sísifo, ao empurrar a pedra pela montanha acima. O seu dilema ressoa também nas reflexões de Tolstói, que na maturidade renegou as violências dos grandes impérios e buscou uma paz espiritual, alheia às estruturas do poder».

Sobre o autor de “A Recusa”, Luís Duarte escreve que Augusto Canetas, «com a sua prosa vibrante e uma sensibilidade aguda», «não nos oferece respostas fáceis, mas convida-nos a refletir sobre o peso das escolhas e a natureza da verdadeira coragem e que, como Ulrich, possamos também perguntar-nos: até onde estamos dispostos a ir pela nossa verdade? O estilo oscila entre o romance e o manifesto, entre o realismo e a poesia, mas, no fundo, é um tributo à dignidade de quem se atreve a pensar por si mesmo», anota.

Rui Brites, sociólogo e professor universitário (aposentado) menciona que leu o livro «de um fôlego, pois não consegui parar. Estava intrigado com o título e demorei a perceber a sua razão de ser. (…) Assim, paralelamente à crítica à guerra, questiona a moralidade das ações militares. A guerra é apresentada como um evento sem sentido, cujas consequências são devastadoras para os indivíduos e a sociedade».

Augusto Canetas é o pseudónimo de José Augusto Faria da Costa que, desde 2001, após o seu primeiro livro – Flashes – tem-se dedicado plenamente à literatura e à música. É autor de vários livros (contos, poesia e romance).