A celebrar 31 anos de existência, a Associação Dar as Mãos deseja que o próximo aniversário possa ser celebrado na “Casa”, uma resposta social que visa capacitar (através de oficinas) e dar um teto, seja em caráter de emergência ou de transição, a pessoas sem qualquer retaguarda, particularmente aos sem-abrigo. Esta vontade foi manifestada, esta terça-feira, por Francisco Barreiro, o arquiteto responsável pela obra.
Na comemoração de mais um aniversário foi prestada uma homenagem aos sócios fundadores da instituição, criada em maio de 1994. Foi, na altura, no salão nobre da Câmara Municipal, que 51 pessoas da sociedade civil e representantes de instituições sociais, culturais e de educação se uniram para constituir esta associação de solidariedade social.
Na passada terça-feira, e na presença de muitos desses sócios ou seus representantes, foi inaugurado um mural com o nome de todos, «num gesto de reconhecimento e agradecimento». Foi isso mesmo que o atual presidente da direção, Bacelar Ferreira, fez questão frisar na sua intervenção, apelando também à continuidade do trabalho «e que continuem amigos da instituição», particularmente num tempo em que tem pela frente um grande projeto que precisará da mobilização de todos, com a construção da “Casa”.
Agostinho Fernandes, presidente da Câmara na altura da fundação e atual vice-presidente da Dar as Mãos, lembrou os motivos que levaram à constituição, apontando os valores de solidariedade e de apoio a todos que se encontram em situação de vulnerabilidade e que hoje continua bem presente. Na mesma linha, D. Jorge Ortiga, presidente da Assembleia Geral, deixou a palavra “esperançar” para dar alento, força e apoio ao outro.
A Câmara Municipal esteve representada por Ricardo Mendes. O vice-presidente agradeceu o importante trabalho que a Associação desenvolve junto da comunidade, provando que a solidariedade não é apenas palavra, «mas é, acima de tudo, ação». Os sócios fundadores e atuais, bem como os voluntários, foram apontados como exemplos de entrega e dedicação à causa social.
A sessão foi animada com a música de Maria Gil e, em clima de convívio, foi servido um Porto de honra, cantados os parabéns e a partilha bolo de aniversário.
A “Casa”, a edificar no lugar de Pelhe, em Calendário, em terrenos cedidos pela Câmara Municipal, está orçada em 2,5 milhões de euros; contempla a construção de dois edifícios com capacidade para 32 pessoas adultas e quatro agregados familiares.