
Em comunicado, a coligação Mais Ação, Mais Famalicão diz que o programa do Partido Socialista se divide em duas partes: uma «decalcada» do programa PSD-CDS/PP e outra que é «ficção» e «engodo». Relativamente a esta última acusação, o porta-voz da candidatura da coligação diz que o PS está a construir «muitos castelos de areia sem qualquer base de sustentação, como é do caso do pavilhão multiusos, colocado em terrenos privados; do Centro Intergeracional que anunciou sem explicar como o vai financiar, quanto vai custar e a quem caberá a responsabilidade de o gerir; ou do tão anunciado novo Hospital, que afinal é apenas o anúncio de intenção de criação de um movimento cívico para a sua reivindicação que ainda não saiu para a realidade desde que foi anunciado há quatro anos pelo candidato do Partido Socialista».
A coligação diz não ter «dúvidas de que o ilusionismo é bonito, mas como espetáculo de palco. Usado para conquistar votos é apenas engano e engodo».
Sobre o projeto do multiusos, anunciado pelo PS para Ribeirão, a candidatura de Mário Passos diz que Eduardo Oliveira «não explicou os fundamentos que poderiam dar um mínimo de credibilidade à sua proposta. Falou em 15 milhões de euros de investimento, mas não esclareceu a fonte de financiamento para o assegurar. Ora, este exercício tem um nome, chama-se ilusionismo». Jorge Paulo Oliveira, porta-voz da coligação, diz que «pior que não explicar a fonte de financiamento, foi ter omitido que as imagens virtuais exibidas estavam colocadas em terrenos privados, sem que haja qualquer acordo ou pré-acordo de venda com os seus proprietários e sem, portanto, o seu consentimento e mesmo sem o seu conhecimento, apanhando completamente de surpresa os proprietários que têm já projetos para os locais, causando-lhes natural perplexidade e perturbação», acusa.
A opinião da coligação é que o «Partido Socialista e o seu candidato desconsideram as pessoas, desconsideram os proprietários, desconsideram os seus esforços, desconsideram a propriedade privada, pilar essencial da estabilidade social e económica, e desconsideram de forma consciente e deliberada, criando ilusões apenas e tão só para conquistar votos».
Sobre a parte do programa que diz copiado do da coligação “Mais Ação. Mais Famalicão”, Jorge Paulo Oliveira menciona a modernização da rede de saúde de cuidados primários, «que já está em concretização», a consolidação do programa Eco-Escolas, programa em que o município é líder nacional e a implementação de sistemas de recolha seletiva de resíduos, explorando a recolha porta a porta para biorresíduos, «já implementada pelo município e prevista no novo contrato que a Câmara celebrou recentemente, entre muitos outros exemplos», aponta.