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A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) alerta que há vários serviços de urgências «fortemente condicionados e com equipas insuficientes». Da longa lista que apresenta consta o hospital de Famalicão.
Em comunicado emitido esta quarta-feira, a FNAM reporta, também, que esta situação, que é latente em vários hospitais do país, acarreta outros constrangimentos, «fruto da deslocação dos médicos de outros serviços para as escalas dos serviços de urgência, nos serviços de Anestesia, Cardiologia, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Medicina Interna, Medicina Intensiva, Ortopedia e Pediatria».
A FNAM diz que «o Serviço Nacional de Saúde está hoje à beira do colapso de norte a sul do país, nos serviços de urgência e em várias especialidades, com mais de 2000 médicos a recusarem superar as 150 horas de trabalho suplementar anuais previstas na lei».
Esta situação decorre «da ausência de um acordo capaz de fixar médicos no SNS». Um problema, garante, que tem soluções que Manuel Pizarro e António Costa «sabem bem quais são: 35h de trabalho semanais tal como os demais trabalhadores da saúde, revisão das tabelas salariais, não aumentar o limite de trabalho suplementar além das 150 horas, respeito pelo descanso compensatório, cumprimento pelos acordos coletivos de trabalho, desenvolvidos num plano nacional para salvar a carreira médica e o SNS».