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O presidente da Câmara Municipal reclama do Governo mais investimentos nos centros de saúde de Famalicão, os chamados cuidados de saúde primários.
Paulo Cunha diz que há vários edifícios a precisarem de obras e defende uma melhor gestão dos clínicos. Na opinião do autarca, não faz sentido que sejam os utentes, na maioria idosos, a deslocarem-se a centros de saúde distantes e não serem os médicos/enfermeiros a fazerem serviço de proximidade.
Estas críticas surgiram no âmbito de um protocolo que a Câmara Municipal de Famalicão vai assinar com a ARS Norte para a requalificação da USF Antonina (Requião). O edifício é da Junta, a USF ocupa toda a parte do rés-do-chão e futuramente vai instalar-se em todo o edifício. O Governo deu luz ver a uma candidatura a fundos comunitários que a Câmara vai lançar.
O município de Famalicão espera uma oportunidade para poder apresentar candidaturas para a reabilitação de outros centros de saúde. Deu os exemplos de Joane, Fradelos, Ribeirão, S. Cosme e das USF da cidade. Lembra, contudo, que a saúde é uma competência do Estado e não dos municípios. Mas, «estamos disponíveis para comparticipar financeiramente. Não é o que devia ser», lembra.
Paulo Cunha fala na necessidade de obras nos edifícios, mas também de outro olhar para os cuidados de saúde primários. «É importante que o Estado português não se demita da sua responsabilidade de cuidar da saúde dos nossos concidadãos; eu, enquanto presidente de Câmara, não fico agradado com o facto de saber que continuamos a ter situações em que os cidadãos têm que fazer longas distâncias e vencer incertezas para terem acesso a cuidados primários de saúde», defende o autarca.