Uma delegação da Iniciativa Liberal, composta por Olga Batista, Paulo Lopes, Joana Pereira, Sandra Lobo e Miguel Fidalgo, visitou, no dia 30, a Mundos de Vida, uma IPSS, vocacionada para os setores social e da educação.
No final da visita, os representantes da Iniciativa Liberal reforçaram a necessidade de um novo modelo para o setor social, com «mais liberdade, mais autonomia e mais foco em resultados. O Estado deve garantir o acesso aos serviços essenciais como a educação e os cuidados a idosos, mas não deve ser o único prestador. A pluralidade e a liberdade geram soluções mais humanas, mais eficazes e mais sustentáveis», refere.
Ao longo da visita, foram partilhadas críticas «ao excesso de burocracia da Segurança Social, à ausência de diferenciação no financiamento em função da qualidade dos serviços prestados, e ao modelo centralizado de gestão que ignora a realidade de cada território». Foi ainda sublinhado que sai «mais caro ao Estado manter uma criança numa escola pública do que apoiar uma instituição privada com liberdade de escolha».
Durante a visita, foram conhecer o modelo de ensino bilingue (português e inglês) desde o 1.º ano, com aulas de mandarim a partir do 2.º ano, e a implementação do Método de Singapura na matemática, com manuais próprios desenvolvidos pela escola devido a restrições impostas pelo Estado. A instituição também desenvolve um projeto pioneiro de consciencialização para o uso responsável de tecnologias, com um compromisso assinado pelos pais que limita o uso de telemóveis até aos 12 anos.
No lar de idosos, as famílias têm acesso livre aos seus familiares através de um sistema de código digital e os quartos são personalizados. No entanto, a instituição terá alertado para o subfinanciamento crónico da parte do Estado, que «comparticipa cerca de um terço do custo real de um lugar em lar», diz a IL. Foram ainda apontadas limitações legais à prestação de cuidados de saúde, como «muitos médicos de família que não se deslocam aos lares, e os médicos das instituições não têm autorização para prestar um serviço completo».
A comitiva ficou também a par do projeto “Procuram-se Abraços”, que promove o acolhimento familiar de crianças em risco. A direção terá alertado para os entraves criados pelo modelo de decisão, que impede acolhimentos entre concelhos próximos que sejam de distritos diferentes, por questões meramente administrativas. A Iniciativa Liberal concorda que a lógica de acolhimento deve ser centrada na qualidade da resposta, e não em fronteiras burocráticas.