Médicos de saúde pública ameaçam sair de juntas médicas

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) reuniram-se com os grupos parlamentares destes três partidos, aos quais “manifestaram preocupação com o estado atual do SNS e reafirmaram a necessidade de valorização da Carreira Médica para atrair e reter os médicos no SNS”.

Em comunicado conjunto divulgado após as reuniões, FNAM e SIM defenderam ainda que os sindicatos dos médicos “constituem parte da solução para o problema”, apresentando seis propostas.

Rever a carreira médica para contemplar nas grelhas salariais a possibilidade de dedicação exclusiva dos médicos, uma tabela de valorização do trabalho em urgência e uma redução dos horários dos turnos em serviço de urgência das 18 horas para as 12 horas, “permitindo mais tempo para a atividade assistencial e a diminuição das listas de espera” estão entre as propostas.

Propõem ainda rever o número de utentes por médico de família, um estatuto de “desgaste rápido, risco e penosidade acrescidos para a profissão médica” e “medidas de proteção e segurança dos médicos nos seus locais de trabalho”.

“Os recentes casos de violência contra médicos são reflexo da deterioração dos cuidados de saúde e à passividade governamental na sua resolução”, criticam os sindicatos.

A 15 de janeiro as duas estruturas sindicais vão reunir-se com os grupos parlamentares do PS, CDS-PP e PAN, aguardando ainda que seja agendada uma reunião com a comissão parlamentar de Saúde.

Famalicão: Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços em protesto contra a ACT

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços de Portugal, delegação de Braga, denuncia «atuação deficiente» da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), nomeadamente «grave omissão e ineficácia» no exercício das suas funções. Nesta base marca uma concentração de protesto para o dia 27 de fevereiro, esta quinta-feira, às 15 horas, na Rua Camilo Castelo Branco, em Famalicão.

O Sindicato alega que são os trabalhadores os prejudicados, denunciando como falhas «demora excessiva ou ausência de resposta a denúncia de condições de trabalho precárias e ilegais»; «falta de fiscalização efetiva, permitindo que empresas infrinjam a legislação do trabalho sem consequências».

Esta delegação de Braga do Sindicato CESP manifesta publicamente a sua «indignação», lembrando que a ausência de medidas «contribui para a impunidade e favorece o crescimento de práticas abusivas, como a exploração laboral e o trabalho precário».

Mercadona é reconhecida pela inovadora embalagem do arroz de vegetais

O Observatório de Inovação em Grande Consumo do Institut Cerdà (fundação privada independente, com mais de 40 anos de história), formado por um painel de peritos independentes, apresentou em Valência – Espanha, as principais inovações do setor em 2024.

Entre elas, destaque para duas da Mercadona, uma vinculada ao produto e outra aos processos. Relativamente ao produto, foi premiado o novo arroz de vegetais num recipiente de alumínio, por ser o primeiro arroz cozinhado diretamente numa embalagem que também é adequada para micro-ondas, inovação que desenvolveu em colaboração com o seu fornecedor especialista Platos Tradicionales, com sede em Valência.

No que diz respeito a processos, foi reconhecida a nova rotulagem nos produtos com recurso a um código QR, uma evolução do conhecido código de barras e um grande avanço na eficiência operacional da empresa.

Como explica o Observatório, este tipo de arroz, um prato tradicional valenciano, consiste numa fina camada de arroz que é servido no mesmo recipiente em que foi cozinhado, “o que anteriormente tornava difícil de replicar o seu sabor e textura nos pratos preparados disponíveis no Grande Consumo”. Mas, com este lançamento, o fornecedor Platos Tradicionales conseguiu transferir a experiência deste prato cozinhado na hora para um prato preparado. O segredo está na embalagem, um recipiente metálico concebido e patenteado pelo fabricante, que se destaca por dois motivos: por um lado, permite elaborar o arroz dentro da própria embalagem, conseguindo umas características organoléticas idênticas às de uma preparação caseira e, por outro, é adequada para micro-ondas, pelo que se pode aquecer e comer na própria embalagem, facilitando o seu consumo fora de casa.

Relativamente aos processos, o Observatório de Inovação em Grande Consumo reconheceu a Mercadona, na sua oitava edição, pela implantação de um código QR nos seus produtos, que substituirá o tradicional código de barras, sendo a primeira cadeia de distribuição a implementá-lo. Este novo sistema de rotulagem, que foi desenvolvido em colaboração com a AECOC, associação de fabricantes e distribuidores de Espanha, contribui para aumentar a eficiência operacional da empresa e, como indicam os peritos, “trata-se do primeiro passo para a adoção massiva do código QR no Grande Consumo”.

Este novo código tem uma dupla funcionalidade de oferecer informação ao consumidor, direcionando-o para uma página com sugestões sobre como cozinhar e consumir o produto, e também para a empresa, ao incluir em cada produto informação útil, como datas de validade, lotes, fornecedor e peso exato. Isto permite vincular cada produto ao seu fornecedor, melhorando o controlo da rastreabilidade; garantir Segurança Alimentar, ao certificar-se digitalmente que não passam pela caixa produtos fora de validade; aumentar a eficiência na loja, ao permitir reetiquetar produtos perto da sua data de validade sem que seja necessário voltar a pesá-los, e até afinar os processos de gestão de stock.

Atualmente, a Mercadona implementou este novo QR em produtos da secção do talho, tanto em Portugal como em Espanha, e prevê incluí-lo nas secções de Peixaria e Frutas e Legumes ao longo de 2025.

 

WAKO Portugal-Ringue realizou estágio em Famalicão

No passado fim de semana, no Dragon Club, decorreu um estágio da equipa WAKO Portugal-Ringue, de preparação para o campeonato do mundo que terá lugar no Dubai, bem como para outras competições nacionais.

Tratou-se de mais um momento de superação, evolução e espírito de equipa que também visou o fortalecimento da modalidade de kickboxing.

Nesta preparação esteve a equipa Gogs Academy, com os atletas Iara Araújo, Gabriel Araújo, João Gonçalves, João Sousa, Bento Carvalho e Bruno Monteiro.

Presidente da ANAFRE «chocado» com veto de Marcelo à desagregação de uniões de freguesia

«Perplexo e chocado», é assim que se sente o presidente da Associação Nacional de Freguesias, Jorge Veloso, a respeito do veto do Presidente da República à desagregação de freguesias, o que fez o diploma regressar ao Parlamento.

Jorge Veloso diz que nada o fazia prever, pelas declarações entretanto dadas por Marcelo Rebelo de Sousa, e que tal posição «prejudica autarcas e populações» e vai «contra todo o trabalho que os deputados tiveram na Assembleia da República».

Recorde-se que Presidente da República vetou, esta quarta-feira, o decreto de desagregação de 135 uniões de freguesia que iriam repor 302 autarquias locais. Marcelo Rebelo de Sousa tem dúvidas quanto à transparência do processo e à capacidade de aplicação do novo mapa. Em nota publicada no sítio oficial da Presidência da República, diz que uma das razões para o seu veto é «a capacidade para aplicar as consequências do novo mapa já às eleições autárquicas de setembro ou outubro deste ano, daqui a pouco mais de seis meses».

Recorde-se que a desagregação de freguesias foi determinada por decreto aprovado pelo PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN. O IL votou contra e o Chega absteve-se.

Sobre a “transparência pública”, o chefe de Estado diz que surgiu pelos «seus avanços e recuos, as suas contradições, as hesitações e sucessivas posições partidárias, a inclusão e a exclusão de freguesias, e, sobretudo, o respeito rigoroso dos requisitos técnico-legais a preencher».

Compete, agora, ao Parlamento confirmar ou não o decreto aprovado a 17 de janeiro. No concelho de Famalicão estava contemplada a separação de Ruivães e Novais, Gondifelos, Cavalões e Outiz, Esmeriz e Cabeçudos, além de Avidos e Lagoa.

Famalicão: Joane derrotado em jogo envolto em muita polémica

Na tarde deste domingo, o GD Joane perdeu, 1-0, em casa do Atlético dos Arcos. A partida da jornada 18 do Campeonato de Portugal teve várias incidências, com lances em que os joanenses reclamam dos critérios do árbitro Rui Moreira.

São, pelo menos, quatro os lances da polémica, dentro da área da equipa da casa, e que o clube joanense já publicou nas redes sociais, acompanhados de um comunicado no qual garantem que «não podemos ignorar que o jogo de hoje, frente ao Atlético dos Arcos, ficou marcado por decisões que condicionaram a nossa equipa, especialmente em momentos determinantes na área adversária». O clube famalicense deixa esta alerta, com a garantia de que «seguimos firmes no nosso caminho, trabalhando com mais determinação. No próximo domingo, entraremos em campo mais fortes, com a mesma ambição de sempre: lutar pelos 3 pontos e pelo orgulho do nosso clube».

Com mais este desaire, a equipa treinada por Duarte Nuno está no décimo primeiro lugar (zona de despromoção), com 20 pontos.

Na próxima jornada recebe o Dumiense, outra formação que luta pela manutenção.

Famalicão: ULS do Médio Ave acolhe 51 novos médicos internos

A Unidade Local de Saúde do Médio Ave (ULSMAve), da qual faz parte o hospital de Famalicão, recebeu 51 novos médicos internos, dos quais 26 integram a formação geral e 25 iniciam a formação específica.

Na cerimónia de boas-vindas estiveram presentes o Conselho de Administração do Hospital; Sameiro Neves, diretora do Internato Médico da área hospitalar; Rui Oliveira e Sónia Cardoso, diretores dos Cuidados de Saúde Primários; João Ferreira como representante da Saúde Pública.

Os internos de Formação Específica estão distribuídos pelas seguintes áreas: 12 na medicina geral e familiar, um na saúde pública. Nas especialidades hospitalares: um na cirurgia geral, um em ginecologia/obstetrícia, 4 medicina interna, um na ortopedia, 2 em patologia clínica, 2 em pediatria, um em psiquiatria (pela primeira vez).

De acordo com Sameiro Neves, «o aumento progressivo de internos de Formação Específica reflete o compromisso da ULS Médio Ave com a formação médica, contribuindo para a modernização da instituição e para a melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados aos utentes».