
Nos 480 anos da chegada dos portugueses ao Japão, é reeditado o livro “Peregrinação” de Fernão Mendes Pinto, um clássico da literatura de viagens do século XVII.
Estará nas livrarias a partir de 19 de outubro, numa edição da Assírio & Alvim, com introdução, fixação de texto e notas do famalicense Sérgio Guimarães de Sousa, professor de Literatura Portuguesa e Teoria da Literatura na Universidade do Minho.
Para Sérgio Guimarães de Sousa, a “Peregrinação” é, seguramente, um dos grandes clássicos da literatura de viagens. «Uma obra de tal modo importante que cristalizou no panteão dos vultos estelares do cânone universal o nome de Fernão Mendes Pinto, uma das figuras mais extraordinárias de toda a nossa literatura», acrescenta o professor famalicense.
“Peregrinação” foi editada em 1614 e tornou-se logo num sucesso editorial notável, sendo ainda hoje um dos livros portugueses mais traduzidos no mundo. Trata-se «de um relato excecional não apenas pelo seu inegável merecimento literário, mas também por constituir um documento histórico de incalculável valor para se conhecer a vida e os costumes dos povos orientais no século XVI, bem como os meandros da presença portuguesa na Ásia», afirma Sérgio Guimarães de Sousa.
Sérgio Guimarães de Sousa, residente em Santa Maria de Arnoso, V.N. de Famalicão, é, desde 1997, Professor na Universidade do Minho, instituição onde ensina Literatura Portuguesa e Teoria da Literatura. Foi também Professor visitante em diversas universidades estrangeiras, nomeadamente na Universidade Blaise-Pascal (França), na Universidade de São Paulo e na Universidade Federal do Paraná (Brasil), tendo sido ainda FLAD/Michael Teague Visiting Associate Professor na Universidade de Brown (E.U.A.) e titular da Cátedra Hélio and Amélia Pedroso Luso-American Endowed Chair in Portuguese Sutudies na Universidade de Massachusetts – Dartmouth (E.U.A.). Da sua vasta obra, que conta, além de artigos em revistas da especialidade, para cima de sete dezenas de livros, destaca-se a sua investigação sobre Camilo Castelo Branco e sobre outros autores como António Lobo Antunes.