Greve dos motoristas: “Nós sempre quisemos evitar a greve. O problema é que quando as pessoas não negoceiam connosco é difícil evitar-se este confronto”

O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) disse ter “várias propostas” para apresentar na reunião de segunda-feira no Ministério das Infraestruturas e sublinhou que a estrutura sindical sempre quis evitar a greve.

“Existem várias propostas que nós queremos apresentar ao senhor ministro das Infraestruturas [Pedro Nuno Santos] e à ANTRAM [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias]” na reunião que terá lugar na segunda-feira, disse à Lusa Pedro Pardal Henriques.

Entre as principais propostas está a negociação de um contrato coletivo de trabalho “com um prazo de tempo mais estendido com as coisas que, quer uma parte quer outra, entendam reivindicar”, acrescentou o vice-presidente do SNMMP.

A proposta, adiantou Pardal Henriques, passa por aumentar o salário base dos motoristas para mil euros até 2025, com indexação ao crescimento do salário mínimo nacional, o que permite “um prazo mais dilatado, quer para que as empresas possam cumprir com aquilo que ficar estabelecido no CCT, quer para que haja a paz social que o país necessita”.

“A questão é que a ANTRAM não se quer sentar com os sindicatos, não quer ouvir propostas e quer colocar o país neste estado de alerta”, acusa o dirigente sindical, garantindo que o sindicato pretende encontrar uma solução que evite a greve.

“Nós sempre quisemos evitar a greve. O problema é que quando as pessoas não negoceiam connosco, nem sem greve nem com pré-aviso nem durante a greve, é difícil evitar-se este confronto”, considerou Pardal Henriques.

O vice-presidente do SNMMP adiantou que na reunião marcada para segunda-feira no Ministério das Infraestruturas estarão presentes os dois sindicatos independentes que decretaram a greve, não havendo ainda confirmação de que a ANTRAM estará presente.

Pardal Henriques considerou ainda “lamentável” a posição do primeiro-ministro, António Costa, sobre a greve dos motoristas, manifestada na sexta-feira, em Loulé, após a reunião semanal com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“É lamentável que o senhor primeiro-ministro venha dizer aos portugueses que o que importa aqui não são os trabalhadores”, mas sim “as férias e o poder económico”, afirmou Pardal Henriques.

Para o dirigente do SNMMP, o primeiro-ministro “veio mostrar que o poder político está aliado ao poder económico em Portugal e que é isso o mais importante”.

António Costa afirmou sexta-feira que “há um claro sentimento nacional de revolta e incompreensão perante uma greve que é marcada para o meio de agosto de 2019, quando já estão acordados aumentos salariais de 250 euros para janeiro 2020, e o que está em causa são os aumentos salariais para 2021 e 2022”.

A greve convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.

O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
A greve do SNMMP iniciada em 15 de abril levou à falta de combustíveis em vários postos de abastecimento em todo o país, tendo o Governo acabado por decretar uma requisição civil e convidar as partes a sentarem-se à mesa das negociações.

O SIMM já veio dizer que as consequências desta greve serão mais graves do que as sentidas em abril, já que, além dos combustíveis, vai afetar o abastecimento às grandes superfícies, à indústria e aos serviços, podendo “faltar alimentos e outros bens nos supermercados”.

Pagamento do IMI alargado até final de junho

Por motivos associados ao “apagão”, o Governo alargou até final de junho o prazo para pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

O Ministério das Finanças emitiu um comunicado onde explica que «considerando que estes constrangimentos impossibilitaram o envio atempado de um conjunto alargado de notas de cobrança do IMI, o qual se encontra a decorrer, o Governo decidiu prorrogar, para todos os contribuintes, o prazo para o pagamento da primeira prestação do IMI ou, se for o caso, da prestação única deste imposto até ao final do mês de junho».

Comboios parados em todo o país… e não há serviços mínimos

Os comboios estão parados em todo o país por causa da greve na CP. Segundo a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações a adesão é de 100%.

A greve dos trabalhadores da CP, que se prolonga até 14 de maio, terá um especial impacto esta quarta e quinta-feira, devido ao maior número de sindicatos (14) que aderiram à paralisação.

A esta greve junta-se, hoje e quinta-feira, a paralisação convocada pelo Sindicato dos Maquinistas e, até 14 de maio, a convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante.

As greves não têm serviços mínimos, segundo decisão do Tribunal Arbitral.

Os sindicatos estão contra a imposição de aumentos salariais, «que não repõem o poder de compra», querem «a negociação coletiva de aumentos salariais dignos» e a «implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado».

 

Preço do gasóleo e gasolina sem alterações significativas a partir de segunda-feira

Na próxima semana, o preço dos combustíveis não sofre grandes alterações. A partir desta segunda-feira, 28 de abril, o gasóleo deverá manter o preço e a gasolina sobe um cêntimo por litro.

A confirmarem-se estas previsões, o preço médio do gasóleo simples deverá continuar nos 1,522 €/l enquanto o da gasolina simples 95 poderá subir para 1,686 €/l.

Preço dos combustíveis: gasóleo mantém e gasolina sobe (1 cêntimo)

A partir de segunda-feira, 28 de abril, o preço dos combustíveis não será alvo de alterações significativas. O gasóleo deverá manter o preço e a gasolina sobe um cêntimo por litro.

De acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia, o preço médio do litro de gasóleo em Portugal custava, esta quinta-feira, 1,522 euros, enquanto o do gasolina valia 1,676 euros.

A confirmarem-se estas previsões para a próxima semana, o preço médio do gasóleo simples deverá continuar nos 1,522 €/l enquanto o da gasolina simples 95 poderá subir para 1,686 €/l.

Prémio de História Alberto Sampaio com candidaturas abertas até 31 de maio

Abriram as candidaturas ao Prémio de História Alberto Sampaio. Os concorrentes podem habilitar-se até 31 de maio.

Os estudos, em língua portuguesa, devem ser enviados para a Academia das Ciências de Lisboa, onde um júri constituído por académicos de universidades, vai escolher o vencedor.

Os concorrentes deverão preencher a ficha de inscrição, no Portal da Academia, contendo os respetivos elementos de identificação e juntando três exemplares do estudo.

O autor do trabalho distinguido recebe 6 mil euros de prémio, patrocinado pelas entidades promotoras que são as Câmaras de Famalicão, Braga e Guimarães, mais a Sociedade Martins Sarmento.

À semelhança dos trabalhos premiados anteriormente, costumam concorrer com dissertações de mestrado ou teses de doutoramento, relacionados com investigação nas áreas da História Social e Económica, as mesmas do trabalho de Alberto Sampaio.

Recorde-se que o historiador Alberto Sampaio nasceu em Guimarães, mas viveu também em Vila Nova de Famalicão, mais concretamente em Boamense, onde escreveu a sua obra, parte da qual encontra-se no Arquivo Municipal de Vila Nova de Famalicão.

Botija de gás solidária com apoio de 15 euros

O apoio da Bilha Solidária passa de dez para 15 euros. O anúncio foi feito pela Ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho. Paralelamente, o Governo pretende tornar o processo mais simples e mais célere, apostando também numa maior divulgação, já que considera haver ainda muito desconhecimento. Este apoio beneficia os beneficiários da tarifa social de energia elétrica e de prestações sociais mínimas.

«O Governo está atento à subida do preço do gás e a tomar medidas que permitam mitigar os impactos», afirmou a ministra Maria da Graça Carvalho. A governante diz que vai estar atenta às comunidades mais vulneráveis e em risco de pobreza energética.

Para este ano, a dotação foi reforçada em 2,5 milhões de euros.

O programa Bilha Solidária foi lançado em 2022 e dá um apoio pela compra de uma garrafa de gás de petróleo liquefeito (GPL).