Novo grande aumento (até 3,5 cêntimos) nos combustíveis

Os preços dos combustíveis voltam a subir na próxima segunda-feira. Aponta para até 3,5 cêntimos por litro tanto na gasolina como no gasóleo.

Com as subidas previstas para a próxima semana, os combustíveis registam um aumento de mais de seis cêntimos por litro em apenas duas semanas.

Assim, desde o início do ano, a gasolina 95 subiu 28 cêntimos por litro e o gasóleo aditivado valorizou cerca de 23 cêntimos. Isto quer dizer que encher um depósito de 60 litros de gasolina custa agora mais de 17 euros do que em janeiro. Já para atestar um depósito de gasóleo são precisos mais de 14 euros do que há nove meses.

Com as subidas da próxima semana, ambos os produtos regressam a máximos de 2012, quando Portugal atravessava a crise de dívida soberana. Nesta altura, porém, o preço do barril de petróleo rondava os 127 dólares por barril, ao passo que hoje em dia, a matéria-prima está a valer pouco mais 80 dólares por barril. Mas de lá para cá, o peso dos impostos nos combustíveis tem vindo a agravar-se.

O mais recente boletim sobre combustíveis da Comissão Europeia indica que Portugal tem o sétimo gasóleo mais caro da UE. Já a gasolina ocupa a 6ª posição entre os países do espaço comunitário, com este combustível a valer mais 11 cêntimos que a média europeia e 25 cêntimos mais do que em Espanha.

 

Famalicão: Riopele investiu 51,5 milhões em sustentabilidade e inovação

Segundo o relatório Facts & Figures 2024, que reúne toda a informação da empresa na área da sustentabilidade, entre 2012 e 2024, a Riopele investiu 51,5 milhões em descarbonização, gestão de água, digitalização e soluções têxteis sustentáveis.

A instalação de painéis fotovoltaicos no telhado, quase concluída, com cerca de 5.200 painéis solares e uma capacidade instalada de 3 MWp, é um dos destaques do documento. Concluído este investimento, a empresa passa a ter o maior parque fotovoltaico da Península Ibérica e um dos dez maiores da Europa.

No documento também é sublinhado que 54% da água utilizada no processo produtivo já é reciclada e 67% da energia consumida tem origem em fontes renováveis.

Em breve deve entrar em ação a Academia Riopele, que vai dar formação a mais de mil colaboradores. Em andamento estão outros projetos: um para a gestão de pessoas, incluindo avaliação de desempenho, gestão de carreiras e retenção de talento; outro para o desenvolvimento de novos procedimentos e ferramentas que potenciem o acompanhamento das operações; e outro para implementação de técnicas inovadoras no processamento e análise de grandes volumes de dados do sistema central, sobretudo na criação de algoritmos preditivos (para prever resultados futuros, com base em dados históricos).

O relatório revela, também, que no ano passado a faturação da Riopele atingiu um volume de negócios recorde de 98 milhões de euros, um crescimento de 24% nos últimos cinco anos.

 

Gasolina e gasóleo ficam mais caros na próxima semana

A próxima semana começa com uma nova atualização no preço dos combustíveis. Segundo a imprensa especializada, gasolina e gasóleo devem aumentar 0,5 cêntimos por litro.

Famalicão: Ricardo Silva é o novo presidente da ATP

A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) elegeu, na passada sexta-feira, Ricardo Silva (CEO da Tintex Textiles), como o novo presidente da associação para o triénio 2025–2027. O anterior presidente, Mário Jorge Machado, da Adalberto Textile Solutions, Paulo Melo (Somelos) e Vítor Fernandes (TMG) são os novos vice-presidentes.

A Mesa da Assembleia Geral é presidida por Eduardo Moura e Sá (IDEPA) e o Conselho Fiscal por José Guimarães (Fortiustex).

Para o novo líder da associação, que tem sede em Famalicão, a ATP «tem o dever, o know-how e a força para ser um verdadeiro suporte para os empresários e empresas que representa. Queremos que a ATP ofereça um serviço diferenciado e importante para o seu dia a dia».

A nova direção pretende acompanhar cada empresa num percurso personalizado de aumento de valor acrescentado, potenciando simultaneamente a competitividade do setor através do efeito de rede setorial.

Ricardo Silva aponta a indústria têxtil e do vestuário «como um exemplo de resiliência e de ambição tecnológica», seja pela diversidade de produtos criados, pela diferenciação de processos e tecnologias, ou pela capacidade constante de transformação para responder aos vários desafios. Neste sentido, aporta à ATP um papel «agregador e motivador. Neste novo mundo, onde a incerteza e a volatilidade são constantes, a ATP tem um papel de suporte e confiança ao setor mais especial do que nunca», fornecendo informação relevante e atualizada para decisões ponderadas para os associados».

É, assim, missão da ATP, assessorar as empresas da ITV portuguesa no seu caminho de aumento de geração de valor acrescentado e, pelo efeito de rede setorial, potenciar a competitividade e a expansão do valor acrescentado do setor e da Moda portuguesas.

Preços dos combustíveis não alteram na próxima semana

De acordo com a imprensa especializada, gasolina e gasóleo devem manter o preço na próxima semana, de 15 a 21 de setembro, não havendo alterações.

Isto, depois da subida de até 2 cêntimos registada na semana anterior.

Deputados do PS preocupados com crise têxtil no Vale do Ave que pode afetar centenas de trabalhadores

Os deputados socialistas eleitos por Braga manifestaram, esta terça-feira, a sua preocupação com a crise que afeta o setor têxtil no Vale do Ave. A posição surge após as notícias e anúncios de despedimentos em empresas da região, com impacto em concelhos como Guimarães, Vizela, Famalicão e Santo Tirso.

Em comunicado enviado à redação, os deputados socialistas na Assembleia da República entendem «ser urgente» que o Governo avance «com medidas concretas para proteger os trabalhadores e apoiar as empresas, evitando que esta crise tenha efeitos irreversíveis na região».

O grupo parlamentar questionou o Governo sobre os apoios imediatos aos trabalhadores afetados, os instrumentos específicos de apoio às empresas da região e as medidas estruturais necessárias para reforçar a modernização e a resiliência do setor têxtil

Vale do Ave: Dificuldades de três grupos têxteis colocam em causa a vida de centenas de trabalhadores

Três grupos têxteis, com unidades no Vale do Ave e com ramificações em Guimarães, Famalicão, Vizela e Santo Tirso, estão em dificuldades e avançaram para Processos Especiais de Revilalização (PER). Estes grupos dão emprego direto a cerca de duas mil pessoas. A notícia é avançada pelo JN.

O Grupo Polopiqué, com sede em Santo Tirso, tem em andamento uma reestruturação, com recurso ao PER para algumas das unidades e pedidos de insolvência para outras. As várias empresas empregam 800 pessoas e metade serão despedidas.

Serão encerradas duas das unidades de produção, reestruturada dívida com a banca, venda de ativos e a concentração nos negócios que geram maior rendimento. O PER é para as sociedades das áreas de acabamentos e da Polopiqué Comércio, além do pedido de insolvência das unidades de tecidos e de confeção, apurou o ECO.

O mesmo acontece na JF Almeida, de Moreira de Cónegos, que também apresentou PER. A 1 de agosto, um fornecedor de produtos químicos avançou com um pedido de insolvência da StampDyeing – Tintutaria, Estamparia e Acabamentos, que emprega 100 trabalhadores. A StampDyeing, com sede em Ponte, Guimarães, faz parte do universo empresarial da Mabera que, em 2021, resgatou a histórica têxtil Coelima, pagando 3,7 milhões de euros para a tirar da bancarrota.

Têxteis J. F. Almeida, S.A. garante «operacionalidade» e cumprimento de todos os contratos

Em comunicado, enviado à redação, a Têxteis J. F. Almeida, S.A garante que o processo especial de revitalização, nos termos do artigo 17.º-I do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, «tem como único objetivo a reestruturação de créditos detidos por entidades financeiras» e não tem impacto na atividade empresa. «A operacionalidade da Têxteis J. F. Almeida, S.A. mantém-se integralmente assegurada, bem como o rigoroso cumprimento de todos os contratos celebrados com fornecedores, trabalhadores ou demais parceiros, que não são afetados em nenhuma medida» lê-se, ainda, no comunicado.