Gestão Logística Eficiente: O Impacto do Software nas Empresas de Transportes

A logística, é um dos pilares fundamentais para o bom funcionamento das empresas de transportes. Organizar rotas, gerir entregas, controlar frotas e responder a imprevistos exige uma coordenação precisa e uma capacidade de adaptação constante. Com o aumento das exigências do mercado e a pressão para prestar um serviço rápido e eficiente, a utilização de um software de logística tornou-se uma ferramenta indispensável para garantir um desempenho competitivo.

Num ambiente cada vez mais digital e exigente, este tipo de software como o da Radius, permite às empresas otimizar as suas operações logísticas, reduzir custos, melhorar a comunicação interna e prestar um serviço de excelência ao cliente. Ao longo deste artigo, exploramos os principais efeitos positivos da implementação de um software de logística nas empresas de transportes.

Simplificação e automatização dos processos

Um dos maiores benefícios de um software de logística, é a automatização de tarefas rotineiras e administrativas. Operações que antes exigiam múltiplos registos manuais, como a criação de guias de transporte, planeamento de rotas ou registo de entregas, passam a ser geridas digitalmente com muito menos margem para erro.

Com isso, as empresas conseguem:

  • Reduzir o tempo gasto em tarefas repetitivas;
  • Minimizar os erros humanos;
  • Melhorar a produtividade das equipas.

Este ganho operacional traduz-se numa gestão mais eficiente e organizada.

Planeamento de rotas mais inteligente

Com a ajuda de algoritmos avançados e dados em tempo real, o software de logística permite planear percursos otimizados, ajustados às condições do momento e às necessidades específicas de cada cliente.

Benefícios imediatos:

  • Redução do tempo de entrega;
  • Diminuição do consumo de combustível;
  • Menor desgaste da frota.

A capacidade de reconfigurar rotas em caso de imprevistos, garante também maior flexibilidade e fiabilidade nas entregas.

Controlo em tempo real da operação

Um dos grandes avanços proporcionados pelos sistemas logísticos modernos, é a monitorização contínua da frota e das encomendas. Através da integração com GPS e sensores, é possível saber, a qualquer momento:

  • Onde está cada veículo;
  • Qual o estado de cada entrega;
  • Se há desvios, paragens ou atrasos.

Esta visibilidade em tempo real permite tomar decisões mais rápidas e eficazes, além de garantir uma resposta imediata a qualquer ocorrência.

Redução de custos e maior rentabilidade

Ao eliminar ineficiências e desperdícios, o software de logística contribui diretamente para a redução de custos operacionais. Desde o combustível até ao tempo improdutivo, passando pela manutenção dos veículos ou pela gestão de horários dos motoristas, tudo pode ser controlado com maior rigor.

Com isso, a empresa consegue:

  • Aumentar a margem de lucro;
  • Tornar o serviço mais competitivo;
  • Reinvestir em áreas estratégicas com maior confiança.

Comunicação mais eficaz com os clientes

Hoje em dia, os clientes esperam atualizações frequentes, estimativas de entrega fiáveis e respostas rápidas em caso de dúvidas. Um bom software de logística permite:

  • Enviar notificações automáticas sobre o estado da entrega;
  • Estimar com precisão a hora de chegada;
  • Fornecer comprovativos digitais.

Esta melhoria na comunicação, aumenta a satisfação do cliente e reforça a credibilidade da empresa.

Apoio à tomada de decisões estratégicas

Para além da componente operacional, o software de logística oferece ferramentas de análise de desempenho, que ajudam os gestores a tomar decisões informadas e baseadas em dados concretos. Através de dashboards e relatórios, é possível:

  • Avaliar o desempenho da frota e dos motoristas;
  • Identificar pontos de melhoria;
  • Analisar a rentabilidade por cliente, rota ou tipo de serviço.

Esta informação permite à empresa adaptar-se mais rapidamente ao mercado, e preparar-se para crescer de forma estruturada.

Adaptação fácil ao crescimento da empresa

À medida que a empresa de transportes se desenvolve, é essencial que o sistema logístico acompanhe esse crescimento. Um software flexível permite:

  • Integrar novos veículos e motoristas;
  • Gerir múltiplas rotas e armazéns;
  • Atuar em diferentes regiões ou países.

Assim, o negócio pode escalar sem perder eficiência nem controlo, o que é fundamental para manter a qualidade do serviço em todas as fases de expansão.

Conclusão

A adoção de um software de logística, representa um avanço significativo para qualquer empresa de transportes que deseje operar com mais eficiência, precisão e controlo. Numa era em que a informação em tempo real, a capacidade de adaptação e a qualidade do serviço, são fatores determinantes, investir numa solução tecnológica adequada não é apenas uma vantagem, é uma necessidade.

Com uma gestão logística digitalizada, as empresas conseguem reduzir custos, melhorar o serviço ao cliente, crescer com solidez e destacar-se num setor cada vez mais exigente e competitivo.

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Famalicão: Ricardo Silva é o novo presidente da ATP

A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) elegeu, na passada sexta-feira, Ricardo Silva (CEO da Tintex Textiles), como o novo presidente da associação para o triénio 2025–2027. O anterior presidente, Mário Jorge Machado, da Adalberto Textile Solutions, Paulo Melo (Somelos) e Vítor Fernandes (TMG) são os novos vice-presidentes.

A Mesa da Assembleia Geral é presidida por Eduardo Moura e Sá (IDEPA) e o Conselho Fiscal por José Guimarães (Fortiustex).

Para o novo líder da associação, que tem sede em Famalicão, a ATP «tem o dever, o know-how e a força para ser um verdadeiro suporte para os empresários e empresas que representa. Queremos que a ATP ofereça um serviço diferenciado e importante para o seu dia a dia».

A nova direção pretende acompanhar cada empresa num percurso personalizado de aumento de valor acrescentado, potenciando simultaneamente a competitividade do setor através do efeito de rede setorial.

Ricardo Silva aponta a indústria têxtil e do vestuário «como um exemplo de resiliência e de ambição tecnológica», seja pela diversidade de produtos criados, pela diferenciação de processos e tecnologias, ou pela capacidade constante de transformação para responder aos vários desafios. Neste sentido, aporta à ATP um papel «agregador e motivador. Neste novo mundo, onde a incerteza e a volatilidade são constantes, a ATP tem um papel de suporte e confiança ao setor mais especial do que nunca», fornecendo informação relevante e atualizada para decisões ponderadas para os associados».

É, assim, missão da ATP, assessorar as empresas da ITV portuguesa no seu caminho de aumento de geração de valor acrescentado e, pelo efeito de rede setorial, potenciar a competitividade e a expansão do valor acrescentado do setor e da Moda portuguesas.

Deputados do PS preocupados com crise têxtil no Vale do Ave que pode afetar centenas de trabalhadores

Os deputados socialistas eleitos por Braga manifestaram, esta terça-feira, a sua preocupação com a crise que afeta o setor têxtil no Vale do Ave. A posição surge após as notícias e anúncios de despedimentos em empresas da região, com impacto em concelhos como Guimarães, Vizela, Famalicão e Santo Tirso.

Em comunicado enviado à redação, os deputados socialistas na Assembleia da República entendem «ser urgente» que o Governo avance «com medidas concretas para proteger os trabalhadores e apoiar as empresas, evitando que esta crise tenha efeitos irreversíveis na região».

O grupo parlamentar questionou o Governo sobre os apoios imediatos aos trabalhadores afetados, os instrumentos específicos de apoio às empresas da região e as medidas estruturais necessárias para reforçar a modernização e a resiliência do setor têxtil

Vale do Ave: Dificuldades de três grupos têxteis colocam em causa a vida de centenas de trabalhadores

Três grupos têxteis, com unidades no Vale do Ave e com ramificações em Guimarães, Famalicão, Vizela e Santo Tirso, estão em dificuldades e avançaram para Processos Especiais de Revilalização (PER). Estes grupos dão emprego direto a cerca de duas mil pessoas. A notícia é avançada pelo JN.

O Grupo Polopiqué, com sede em Santo Tirso, tem em andamento uma reestruturação, com recurso ao PER para algumas das unidades e pedidos de insolvência para outras. As várias empresas empregam 800 pessoas e metade serão despedidas.

Serão encerradas duas das unidades de produção, reestruturada dívida com a banca, venda de ativos e a concentração nos negócios que geram maior rendimento. O PER é para as sociedades das áreas de acabamentos e da Polopiqué Comércio, além do pedido de insolvência das unidades de tecidos e de confeção, apurou o ECO.

O mesmo acontece na JF Almeida, de Moreira de Cónegos, que também apresentou PER. A 1 de agosto, um fornecedor de produtos químicos avançou com um pedido de insolvência da StampDyeing – Tintutaria, Estamparia e Acabamentos, que emprega 100 trabalhadores. A StampDyeing, com sede em Ponte, Guimarães, faz parte do universo empresarial da Mabera que, em 2021, resgatou a histórica têxtil Coelima, pagando 3,7 milhões de euros para a tirar da bancarrota.

Têxteis J. F. Almeida, S.A. garante «operacionalidade» e cumprimento de todos os contratos

Em comunicado, enviado à redação, a Têxteis J. F. Almeida, S.A garante que o processo especial de revitalização, nos termos do artigo 17.º-I do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, «tem como único objetivo a reestruturação de créditos detidos por entidades financeiras» e não tem impacto na atividade empresa. «A operacionalidade da Têxteis J. F. Almeida, S.A. mantém-se integralmente assegurada, bem como o rigoroso cumprimento de todos os contratos celebrados com fornecedores, trabalhadores ou demais parceiros, que não são afetados em nenhuma medida» lê-se, ainda, no comunicado.

Famalicão: No primeiro semestre, Riopele apresenta faturação consolidada de 52,7 milhões

A Riopele superou as metas traçadas para o primeiro semestre de 2025. A faturação consolidada de 52,7 milhões de euros; subida das vendas de 6%; um lucro EBITDA (lucro antes dos impostos, amortizações, etc.) de 16%; e uma descida da dívida da empresa têxtil.

O presidente do conselho de administração, José Alexandre Oliveira, passou uma mensagem de confiança: «sinto-me muito satisfeito com os resultados alcançados pelas nossas equipas no primeiro semestre de 2025, resultados que só foram possíveis graças ao comprometimento, à dedicação e ao espírito de colaboração de todos. Encaramos o futuro com otimismo, mas com plena consciência dos desafios e incertezas que o setor têxtil e o mundo enfrentam. No entanto, tenho plena confiança de que os colaboradores da Riopele continuarão a garantir o crescimento sustentável da empresa, honrando quase um século de história e preparando a Riopele para os desafios que virão», referiu.

Estes dados e outros foram analisados num encontro de gestão, em julho, que reuniu cerca de 250 colaboradores. José Oliveira falou dos pilares estratégicos da empresa, abordou os desafios que a indústria têxtil enfrenta «num contexto político, económico e social particularmente exigente», referiu.

Na altura, o diretor criativo, Carlos Costa, revelou a coleção AW26, revisitando os primeiros anos da Riopele — as pessoas, os lugares e os fios que deram início a tudo. O encontro também antecipou as comemorações do centenário da empresa, em 2027, com a apresentação das primeiras iniciativas pela gerente de desenvolvimento de negócios, Francisca Oliveira. Houve, ainda, um momento cultural em homenagem à fundação da empresa.

Já é possível comprar casa com criptomoedas em Portugal

O uso de criptomoedas deixou de ser exclusividade do mundo digital e passou a integrar, gradualmente, operações económicas do quotidiano. Em Portugal, um dos sectores onde essa transformação começa a ganhar forma é o imobiliário: já é possível comprar uma casa com bitcoin.

Embora ainda não se trate de uma prática generalizada, algumas transações provam que o recurso às moedas digitais pode ser uma alternativa viável na aquisição de imóveis, desde que comprador e vendedor estejam alinhados com os requisitos legais e fiscais.

A compra de um imóvel com criptomoedas em Portugal ganhou visibilidade em 2022, quando uma habitação em Braga foi transacionada por 3 bitcoins. Este exemplo marca uma nova etapa para o mercado imobiliário português, que acompanha uma tendência global de adopção dos criptoativos em contextos comerciais.

Como funciona a compra de imóveis com bitcoin?

Para quem considera realizar uma operação deste tipo, é importante compreender que nem todos os vendedores estão disponíveis para aceitar criptomoedas como forma de pagamento. Nesses casos, o comprador deve converter os seus ativos digitais em euros, através de corretoras devidamente registadas e supervisionadas pelo Banco de Portugal.

Caso haja acordo entre as partes para a utilização de bitcoin, o negócio é formalizado juridicamente como uma permuta. Ou seja, uma troca entre um bem digital e um bem imóvel.

Vantagens para quem compra com criptomoedas

Do lado de quem compra, há vantagens claras. Utilizar lucros obtidos com criptomoedas para investir em imóveis permite diversificar o portfólio, apostando num activo mais estável. Além disso, a permuta em bitcoin pode servir como uma forma eficiente de realizar o cash out dos criptoativos, sem as perdas geralmente associadas à conversão directa para euros.

Outro ponto favorável é a ausência de burocracia bancária: sem necessidade de transferências ou cheques, as transações tendem a ser mais céleres, especialmente úteis para compradores residentes no estrangeiro.

Porém, existem também limitações. A mais evidente é que, em Portugal, ainda não há bancos autorizados a conceder crédito habitação em bitcoin. Isso significa que o negócio só é possível para quem dispõe do valor total.

Acrescem ainda exigências documentais rigorosas: é necessário comprovar a origem dos fundos, garantir a rastreabilidade da transação e cumprir obrigações fiscais, como o pagamento do IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis), do IS (Imposto de Selo) e os registos em Conservatória — todos pagos em euros.

Benefícios para o vendedor

Para os vendedores, a principal vantagem reside na rapidez e autonomia da transação, feita diretamente entre as partes e sem mediação bancária. Existe também a expectativa de valorização futura da bitcoin, o que pode tornar a operação ainda mais rentável.

A volatilidade das moedas digitais continua a ser um obstáculo significativo. Como o tempo entre a colocação do imóvel no mercado e a sua venda pode ser de semanas ou meses, flutuações acentuadas na cotação da bitcoin podem desajustar o valor previamente acordado. Outro entrave é que algumas agências imobiliárias ainda não aceitam comissões pagas em criptomoedas, o que pode complicar a operação.

Um novo caminho que exige atenção profissional

O avanço das criptomoedas no mercado imobiliário português é um sinal claro de que o sector está a adaptar-se às novas formas de investimento. No entanto, este tipo de transação continua a exigir preparação, aconselhamento profissional e compreensão das especificidades legais.

Para quem está disposto a enfrentar essa curva de aprendizagem, a compra de casa com bitcoin pode ser uma porta aberta para uma nova era de negócios: mais digitais, mais autónomos e, possivelmente, mais rentáveis.

Famalicão: Confeção fecha e despede 50 trabalhadores

A confeção “Traje Posto”, sediada em Requião, Famalicão, encerrou na passada quinta-feira, deixando cerca de 50 trabalhadores no desemprego.

O fecho da empresa terá sido comunicado aos funcionários na última semana de julho, sendo que já não regressaram ao trabalho na passada sexta-feira, 1 de agosto.

A “Traje Posto” operava no setor têxtil há vários anos e era uma das unidades de confeção com maior presença na freguesia.

A Cidade Hoje sabe que, esta segunda-feira, os trabalhadores irão receber toda a documentação necessária para se inscrevem no centro de emprego.