Dez medidas do Governo para Portugal regressar à normalidade

O estado de emergência foi renovado até ao dia 2 de maio, mas o Governo está a preparar o país para ir entrando na vida normal já a partir do próximo mês, com reabertura de comércio e serviços, mas sempre com reforço das medidas de segurança e higiene.

Assim, o Governo recomenda o reforço do uso de máscaras, sublinhando que a Direção-Geral da Saúde tem vindo a recomendar a sua utilização. O mesmo para o álcool gel. A ideia é haver no mercado máscaras e gel em quantidades suficientes, e a preços controlados, sendo uma condição essencial para a reabertura dos serviços.

Entre as dez propostas está o aumento da oferta dos transportes públicos, para não irem sobrelotados. Propõe também aumentar as normas de higiene, tanto nos espaços de trabalho e nos transportes.

Relativamente aos horários dos transportes públicos, a intenção é ativar horários desencontrados para evitar horas de ponta, com cruzamento de muita gente nas plataformas.

O teletrabalho é para manter. A ideia é que os trabalhadores se alternem, até para dar tempo aos transportes públicos de se reorganizarem e ficarem com capacidade de acolher toda a gente quando as pessoas voltarem aos seus locais de trabalho.

Além do teletrabalho, o Governo recomenda trabalho à vez, num esquema de rotatividade.

Relativamente à reabertura de espaços, as creches poderão abrir em maio, assim como as aulas presenciais (algumas) do 11.º e 12.º ano. Costa considera que as crianças «precisam de conviver sem estarem confinadas ao seu espaço familiar», e os pais precisam de retomar o trabalho com melhores condições.

O comércio e restauração vão reabrir gradualmente. «Devemos olhar para o pequeno comércio de bairro, que junta menos gente e que melhor responde à economia local», disse. Estão incluídos neste lote cabeleireiros e barbeiros, com normas específicas de segurança para os profissionais e para os utentes.

Os serviços da administração pública também começam a abrir ao público durante o mês de maio, até para pôr termo à suspensão de prazos procedimentais e processuais.

Secretário de Estado admite alguma “descoordenação momentânea” nos incêndios

O secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, admitiu que possa ter havido falhas de coordenação no combate aos incêndios, explicando que a situação no terreno é muito complexa. Garantiu, no entanto, que a resposta global tem sido positiva, embora com algumas dificuldades. Referiu ainda que o Governo precisa de reforçar políticas de prevenção e gestão da floresta.

O governante disse que este verão trouxe condições meteorológicas anormais, como trovoadas secas e ventos fortes, e que por isso não há memória de um período tão difícil.

A situação de alerta terminou, já que se espera descida das temperaturas e aumento da humidade.

Rui Rocha lembrou que os grandes fogos obrigam a mobilizar muitos operacionais e isso pode atrasar a ajuda a algumas populações. Sobre críticas à falta de comando, afirmou que o responsável da Proteção Civil tem estado ativo no terreno.

Quanto ao apoio europeu, explicou que só é usado em último recurso. Destacou ainda o auxílio de Marrocos e da Suécia. Sublinhou, no entanto, que o maior problema não é a falta de aviões, mas sim o mau tempo que muitas vezes os impede de voar.

O Governo está também a preparar medidas de apoio para as populações atingidas.

País: Presidente da República lamenta a terceira morte no combate às chamas na última noite

O Presidente da República apresentou condolências à família do operador que morreu na noite de terça-feira em Mirandela, durante os trabalhos de combate a um incêndio.

O homem, de 65 anos, operava uma máquina de rasto quando terá sido colhido pelo próprio veículo. Era funcionário de uma empresa contratada para abrir faixas de corta-fogo.

Marcelo Rebelo de Sousa estendeu também as condolências ao município, através do presidente da câmara, que destacou o “trabalho incansável” da vítima.

Esta é a terceira morte registada este ano em Portugal continental devido a incêndios.

País: Presidente da República e Primeiro Ministro lamentam morte de bombeiro nos incêndios

Um bombeiro da corporação da Covilhã morreu este domingo quando a viatura em que seguia, com mais quatro elementos, capotou para uma ribanceira em Aldeia de São Francisco de Assis. Quatro bombeiros ficaram feridos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, lamentou “com profunda tristeza” a morte e apresentou condolências à família. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou em “ininterrupta doação” dos bombeiros e transmitiu o seu “profundo pesar solidário” às famílias das vítimas.

Salvou os animais mas perdeu a casa: Portugal uniu-se e donativos já passam os 80 mil euros

Pedro, de Oliveira do Hospital, perdeu a casa nos incêndios que atingiram o Norte e Centro do país, mas conseguiu salvar todos os seus animais. A história foi partilhada pela Intervenção e Resgate Animal (IRA), que destacou: “Lavado em lágrimas, não lhe restou mais nada senão os seus animais que escaparam por estarem soltos.”

O momento considerado “o verdadeiro milagre” aconteceu quando a cadela de Pedro salvou os seus filhotes, refugiando-se com eles num buraco de acesso a uma mina. “Ardeu tudo à volta, ardeu a entrada, mas os animais salvaram-se todos.”

Após a destruição total da habitação, o IRA lançou uma campanha para ajudar Pedro. Em poucos dias, e através da plataforma gofoundme, foram angariados mais de 80 mil euros, entre os donativos através do IRA e a plataforma gofoundme. A organização anunciou que, com esse valor, vai oferecer-lhe uma casa modular e um abrigo para os animais: “O Pedro vai ter uma casa.”

Montenegro cancela férias até 22 de agosto por causa dos fogos

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, cancelou esta sexta-feira o período de férias que tinha previsto até 22 de agosto, informou o Governo em nota oficial.

A decisão surge numa altura em que vários incêndios de grande dimensão lavram no país, obrigando a prolongar a situação de alerta até domingo, dia 17. Milhares de operacionais permanecem no terreno, após dias de combate intenso e condições meteorológicas adversas.

Luís Montenegro esteve de férias nos últimos cinco dias, embora tenha mantido agenda pública em quatro deles.

Famalicão: Candidato do PS apresenta medidas para reforçar envelhecimento ativo

A propósito da celebração do Dia dos Avós (26 de julho), o candidato do PS à Câmara Municipal de Famalicão diz que é preciso enaltecer «o seu papel essencial enquanto pilares das famílias e da comunidade famalicense». Em comunicado, Eduardo Oliveira reitera algumas das propostas que tem para esta faixa etária, nomeadamente a criação de um Centro Municipal Geriátrico, «que será colocado ao serviço de todas as IPSS do concelho e que se pretende que atue como uma referência nacional. Este novo espaço incluirá uma piscina e um ginásio adaptados, uma unidade de cuidados de saúde e um laboratório dedicado ao estudo do envelhecimento, funcionando como polo de resposta e de inovação ao serviço das pessoas», explica. Inclui, ainda, a criação de unidades móveis de saúde para servir, sobretudo, as freguesias mais isoladas; a promoção de visitas regulares por equipas de voluntários; a implementação de formação digital para seniores nas próprias comunidades; a instalação de um sistema de teleassistência para quem vive sozinho e a criação da figura de Conselheiro Municipal Sénior, que será um representante da população mais velha que contribuirá ativamente na definição das políticas públicas nesta área.

Eduardo Oliveira diz que são necessárias políticas públicas que «promovam o convívio intergeracional, o combate ao isolamento social e o acesso igualitário a serviços essenciais».

O candidato socialista apoio o passeio a Fátima, as academias seniores e o desporto sénior, «enquanto espaços de convívio, mobilização e autoestima, pois estas atividades são sinónimo de bem-estar e qualidade de vida», sublinha Eduardo Oliveira, que defende uma abordagem «mais integrada, adaptada e inovadora».

Para Eduardo Oliveira, «cuidar é também ouvir, inovar e agir com respeito, o que implica reforçar as parcerias entre escolas, universidades, centros de dia e academias seniores, investir em espaços públicos adaptados, garantir transporte gratuito ou a preço simbólico através de um serviço de Táxi Social e lançar projetos como o “Gerações com Sentido”, que irá promover o encontro entre crianças e seniores em escolas e jardins de infância, criando laços e combatendo o isolamento». O candidato propõe ainda apoiar as IPSS locais na melhoria dos Serviços de Apoio Domiciliário, garantindo que estes «evoluem para modelos mais inovadores e humanizados».