
A história das criptomoedas é um percurso fascinante que transformou a forma como concebemos o dinheiro e as transações financeiras. Este percurso começou com o aparecimento do Bitcoin, a primeira moeda digital descentralizada, que introduziu um novo paradigma no sistema financeiro global e abriu caminho para o surgimento de diversas outras moedas digitais.
Lançado em 2008 através de um whitepaper publicado sob o pseudónimo Satoshi Nakamoto, o Bitcoin entrou em circulação no início de 2009 com a extração do “bloco gênese”. Esta inovação solucionou o problema do gasto duplo – a utilização da mesma moeda para múltiplas transações – através da tecnologia blockchain, um registo público e imutável. A confiança depositada na rede, sem a necessidade de intermediários como bancos, impulsionou a adoção do Bitcoin e, com o tempo, criou um ecossistema onde investidores e utilizadores passaram a acompanhar.
Com o sucesso do Bitcoin, surgiu uma nova geração de moedas digitais conhecidas como altcoins, que procuraram melhorar ou diversificar as funcionalidades apresentadas pela primeira criptomoeda. Em 2011, por exemplo, foi lançada a Litecoin, com tempos de transação reduzidos, enquanto outras moedas como Ripple e Monero surgiram com propostas próprias de privacidade e eficiência. À medida que o mercado evoluiu tornou-se natural ficar a par de dados como o preço do Cardano (outra criptomoeda bem conhecida) ou estar por dentro da evolução de mercado do Doge.
O surgimento do Ethereum, em 2015, marcou uma revolução, pois introduziu os contratos inteligentes – programas autoexecutáveis que abrem espaço para aplicações descentralizadas (dApps) e o desenvolvimento de finanças descentralizadas (DeFi). Estas inovações permitiram que as criptomoedas ultrapassassem o mero conceito de meio de troca, transformando-se em plataformas multifuncionais capazes de suportar uma vasta gama de serviços digitais.
Nos anos seguintes, o mercado de criptomoedas expandiu-se de forma explosiva. O ano de 2017 ficou marcado pela intensa atividade do mercado, com a realização de inúmeras Ofertas Iniciais de Moedas (ICOs) que captaram a atenção dos investidores e possibilitaram o lançamento de novos projetos com modelos de negócio inovadores. Apesar de alguns destes projectos se revelarem arriscados ou até fraudulentos, o interesse do público e de investidores institucionais impulsionou o desenvolvimento contínuo de tecnologias que aprimoram a segurança, escalabilidade e eficiência das transações digitais. A crescente adoção por parte de grandes empresas e o reconhecimento por parte dos reguladores contribuem para a consolidação deste mercado, que ultrapassa fronteiras e transforma sistemas tradicionais de pagamento em todo o mundo.
Atualmente, as criptomoedas não se limitam à função de reserva de valor ou meio de troca. O seu potencial revolucionário abrange desde a digitalização de identidade e a transparência em cadeias de abastecimento até à criação de novos modelos de governança económica. A descentralização, aliada à capacidade de inovar de forma contínua, fez com que estas moedas digitais se tornassem fundamentais num mundo cada vez mais digital. Assim, a história das criptomoedas é marcada por constante evolução, onde cada nova geração e cada inovação tecnológica contribuem para moldar o futuro das finanças e das transações digitais.